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Sala de Imprensa

26/04/2021

Defesa de dissertação

Título: Prevalência e fatores associados à Insegurança Alimentar no contexto da Covid-19

Banca: Bruno Nunes e Janaina Motta

Orientador: Denise Gigante

 

Insegurança alimentar na cidade de Pelotas e os reflexos da pandemia de Covid-19 

 

A insegurança alimentar é uma condição que ocorre quando as famílias deixam de ter acesso a uma alimentação adequada, tanto do ponto de vista da qualidade quanto da quantidade, tendo como consequência mais grave a fome. Essa condição foi estudada na cidade de Pelotas pela mestranda em Epidemiologia Eloisa Porciúncula da Silva, sob orientação da professora Denise Petrucci Gigante. 

Por meio do estudo Saúde EM CASA – Estudo de Mestrado em Consórcio para Avaliação da Saúde do Adulto – do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da UFPel, teve início a avaliação da insegurança alimentar na cidade, no final do ano de 2019. O estudo pretendia elaborar um retrato da situação de toda a cidade, mas não foi possível devido à pandemia de Covid-19. Foram realizadas entrevistas em 408 domicílios da zona urbana de Pelotas, antes da pandemia, onde 13% foram classificados com insegurança alimentar. Cerca de uma em cada quatro famílias que estavam em situação de insegurança alimentar relataram ter passado por situação de fome.  

Para verificar possíveis mudança, em decorrência da pandemia de Covid-19, a mesma população foi contatada através de ligações telefônicas e mensagens de WhatsApp no início do ano de 2021. Nesta etapa da pesquisa, 18% dos domicílios apresentaram insegurança alimentar. Para todas as famílias em que foi possível esse contato via telefone, em cinco de cada 100 domicílios houve relato de fome durante a pandemia. 

A insegurança alimentar era mais frequente quando a pessoa de referência da casa (chefe da família) era mulher; de cor da pele preta ou parda; estava desempregada; possuía menos de 4 anos de estudo; vivia sem companheiro(a); possuía menor renda; e vivia em domicílios com até 4 cômodos. Além disso, quase 44% das pessoas em situação de insegurança alimentar apresentava obesidade.  

Durante a pandemia, foi registrado aumento significativo na insegurança alimentar entre indivíduos mais jovens; desempregados; viviam sem companheiros; e nos domicílios menores, com até 4 cômodos.  

Segundo a pesquisadora, há características comuns entre as famílias vivendo em insegurança alimentar e, portanto, esses grupos não podem ser negligenciados pelos gestores públicos e podem, inclusive, ser o ponto de partida para a construção de políticas visando a redução desta situação na cidade. 


Online - DATA:26/04/2021 - HORA:10:00hs

Apresentador: Eloísa porciúncula da Silva





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