Facebook

Sala de Imprensa

11/07/2019

Defesa de Tese: Estado nutricional materno e amamentação: associação e relação com o estado nutricional da criança aos 12 e 24 meses de idade

Título: Estado nutricional materno e amamentação: associação e relação com o estado nutricional da criança aos 12 e 24 meses de idade

Banca: Alicia Matijasevich, Maria Cecilia Formoso Assunção e Ludmila Muniz

Orientadora: Andréa Dâmaso

Local: Auditório Prédio B

Data: 11/07/2019

Hora: 08:30h

Apresentador: Thaynã Nunes

 

Sobrepeso e obesidade pré-gestacional pode afetar amamentação exclusiva e influenciar o IMC da criança

Uma pesquisa do Programa de pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas identificou que o IMC materno pré-gestacional atua de forma importante na interrupção da amamentação exclusiva antes dos seis meses de idade e no IMC da criança tanto aos 12 como aos 24 meses de idade. No estudo das crianças nascidas em 2015, verificou-se que crianças cujas as mães tinham sobrepeso e obesidade pré-gestacional apresentaram risco 22% maior de interromper a amamentação exclusiva antes dos seis meses de idade e, também, maior risco (19%) de desmame precoce (aos três meses de idade), quando comparados a filhos de mães eutróficas (peso considerado normal pelos pontos de corte do IMC).

A amamentação exclusiva é preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) até os seis meses de idade e consiste em oferecimento apenas de leite materno, não incluindo nenhum outro leite ou líquidos (água e chás), nem alimentos sólidos ou semi-sólidos. Após esse período a OMS preconiza a inclusão de alimentação complementar gradual. O Índice de Massa Corporal (IMC) é mensurado por meio de peso e altura em metros ao quadrado, sendo que sobrepeso e obesidade são caracterizados pelos pontos de corte de ≥ 25.0 a < 30.0 kg/m2 e ≥ 30.0 kg/m2, respectivamente. Já o IMC da criança foi operacionalizado por meio do indicador de IMC/idade em escore-z sendo classificado como excesso de peso o ponto de corte de escore-z ≥ 2 desvio-padrão, o mesmo que é utilizado para classificação de crianças até 24 meses nas cadernetas da criança do Ministério da Saúde. As hipóteses a serem investigadas neste estudo foram da relação entre IMC materno pré-gestacional com amamentação exclusiva e duração da amamentação e, também, com o IMC da criança nos primeiros dois anos de idade.

Os resultados da pesquisa fazem parte da tese de doutorado da Nutricionista e mestre em Epidemiologia Thaynã Flores, orientada pela Profª Drª Andréa H. Dâmaso e coorientada pelo Dr. Gregore Mielke. Para encontrar esses resultados, a autora utilizou dados das Coortes de Pelotas/RS (1982, 1993, 2004 e 2015).

De acordo com a autora da pesquisa “A prevenção do sobrepeso e obesidade, nas fases anteriores e iniciais da gestação, poderia ser uma política de saúde considerando o impacto que essa condição tem na amamentação e, também, no IMC da criança”. Os investimentos para aumentar a prática de amamentação, principalmente a exclusiva, foram muitos. Por isso, deve-se compreender quais fatores ainda podem afetar esse 179

 

comportamento tão benéfico para a saúde da mãe e da criança, incluindo o estado nutricional infantil.

 

 




Fonte: PPGE





Voltar

Veja Também


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas