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Sala de Imprensa

15/02/2019

Defesa de dissertação: Violência por Parceiros Íntimos entre Universitários do Sul do Brasil

 Defesa de dissertação: Violência por Parceiros Íntimos entre Universitários do Sul do Brasil

Banca: Mara Regina Silva e Joseph Murray 

Orientador: Helen Gonçalves 

Local: Auditório Prédio B

Data:15/02/2019

Hora: 14:30h

Apresentador: Inaê Valério 

30% dos universitários da UFPel já sofreram violência do parceiro(a)

 Uma pesquisa conduzida com ingressantes da Universidade Federal de Pelotas no ano de 2017 (primeiro semestre) avaliou a ocorrência de violência (psicológica, física e sexual) e fez parte do inquérito Saúde do Estudante Universitário (SEU), desenvolvida pelo curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel. Entre novembro de 2017 e julho de 2018, o estudo entrevistou 1.619 universitários maiores de 18 anos de idade e que tivessem ou estivessem em um relacionamento íntimos nos últimos 12 meses, sob orientação da Dr.ª Helen Gonçalves e coorientação da Dr.ª Ana Luiza Gonçalves Soares. As respostas eram preenchidas pelos próprios jovens em um questionário anônimo.

O estudo apontou que 30,5% deles já haviam sofrido alguma violência em um relacionamento íntimo nos últimos 12 meses precedentes à entrevista. Dentre os tipos mais comuns de violência relatada, a psicológica foi reportada por 28,2% deles, seguida da violência física (7,6%) e da sexual (2,7%). Ao comparar a frequência de violência por parceiro(a) íntimo(a) sofrida entre os sexos, a violência física mostrou-se maior entre os indivíduos do sexo masculino em relação aos indivíduos do sexo feminino (10,1% e 5,7%, respectivamente). As ações mais frequentemente reportadas no item violência física e que tiveram maior ocorrência nos homens como vítimas (atos como empurrar, arranhar, beliscar ou puxar o cabelo), podem ser mais característicos de reações agressivas relativamente comuns das mulheres, por conseguinte, explicando os homens serem as maiores vítimas desse tipo de violência.

“Esperávamos um percentual menor, visto que a violência por parceiro(a) íntimo(a) ocorre em maior escala entre indivíduos com menor nível educacional. No entanto, os resultados apontaram que esse tipo de violência também está presente na vida de universitários. Esse resultado pode estar relacionado a algumas características próprias da juventude, como a delimitação dos limites pessoais e pouca experiência em relacionamentos, mas isso não explica tudo. O que é compreendido como violência em um relacionamento íntimo precisa ser debatido. Alguns atos violentos podem estar sendo interpretados como ciúmes, outros podem estar banalizados. Esse é um assunto que precisa ser mais debatido com e entre os jovens”, afirma Inaê Dutra Valério, autora do trabalho.

 




Fonte: PPGE





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