Os 5.249 participantes da Coorte de 1993 e suas famílias foram muito importantes para o desenvolvimento das pesquisas em saúde para todo o País. Com a boa-vontade dessas pessoas, a comunidade científica obteve informações importantes sobre as diferentes fases da vida dos participantes, desde os hábitos e saúde da mãe durante a gestação, o desenvolvimento da criança, as características do início
da adolescência, até a saúde do adulto jovem.
O Centro de Pesquisas Epidemiológicas (CPE) é muito grato pela colaboração de milhares de mães que pouco depois do parto se dispuseram a responder dezenas de perguntas aos pesquisadores, além de permitir que seus bebês recém-nascidos passassem por
exames de medidas, pesagens, entre outros.
Mais do que a colaboração que deram aos pesquisadores no hospital, essas mães concederam seus endereços e, sem nenhum benefício direto imediato, abriram suas portas dezenas de vezes para que os pesquisadores acompanhassem o desenvolvimento de
seus filhos.
Todo o tempo despendido pelas mães e pelos próprios participantes, e todo o trabalho que os pesquisadores tiveram para encontrar essas mais de cinco mil famílias, é hoje recompensado pelo conhecimento que está à disposição de toda a comunidade científica e da
população.
Confira alguns dados da Coorte de 1993
Nascimentos
- 5.249 nascidos vivos em hospitais da cidade.
Idade das mães
- De 13 a 48 anos
-
17,4% das mães tinham menos de 20 anos.
A idade materna aumentou com a renda familiar, sendo as mães de mais alta renda 4,3 anos mais velhas do que as mães mais pobres.
Sexo dos nascidos
- 49,7 % meninas
- 50,3 % meninos
Parto
-
30,5% das mulheres fizeram cesariana.
Cesariana é uma operação abdominal executada para retirar o bebê quando o parto normal não é possível ou seguro.
Cesariana
-
55,6% das mulheres mais ricas fizeram cesarianas.
Observou-se que as mulheres que apresentaram maior risco foram as que tiveram menos atendimento e atenção médica durante a
gestação e parto comparado com as mulheres que apresentaram baixo risco.
Peso ao nascer
-
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o peso de nascimento é o fator mais importante na sobrevivência infantil. Crianças com
baixo peso ao nascer (menos de 2,5kg) têm maior risco de adoecer e morrer do que crianças com peso adequado.
Das 5.249 crianças, 510 nasceram com baixo peso.
Amamentação
- 97% das crianças foram amamentadas.
-
30% estavam sendo amamentadas aos 6 meses de vida.
Sabe-se que crianças não amamentadas apresentam 30% mais risco de morte no primeiro ano de vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que todas as crianças sejam amamentadas no mínimo até os seis meses podendo seguir até os dois anos de idade.
Fumo
-
33,4% das mães fumaram durante a gravidez.
Os bebês nascidos de mãe fumantes apresentaram um índice de baixo peso duas vezes maior do que os bebês nascidos das mães
não-fumantes. Sabe-se que o baixo peso ao nascer é uma das principais causas de morte dos recém-nascidos.
Mortalidade
-
Dos 5.249 nascidos, 111 morreram no primeiro ano de vida.
A mortalidade infantil foi 6,6 vezes maior entre os mais pobres do que entre os mais ricos.
Constatou-se que o maior risco de morte ocorre até a criança completar um ano. Por isso, a atenção à saúde nesta fase deve ser
reforçada pelos pais e pelos médicos
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