No Brasil, pesquisas de base populacional vêm mostrando o aumento na prevalência de excesso de peso e obesidade em todos os estratos da população, inclusive na infância e adolescência. A relevância de diversos determinantes precoces para a prevenção do acúmulo excessivo de gordura corporal vem sendo evidenciada pelos estudos sobre a origem precoce das doenças. Fatores que vão do período pré-natal até a adolescência tem sido identificados como potencias fatores de risco da obesidade na vida adulta. É sabido que a formação dos hábitos alimentares ocorre na infância e podem ser perpetuados ao longo da vida, reforçando a importância de atuar nesses determinantes mais precoces. No entanto, os efeitos da alimentação nos primeiros anos de vida sobre a composição corporal em etapas posteriores da vida têm sido pouco estudados. A coorte de nascidos vivos em Pelotas em 1993 realizou diversas visitas das crianças durante o primeiro ano de vida, quando foram coletadas diversas informações sobre a duração da amamentação e sobre a idade de introdução de alimentos complementares. A mesma coorte realizará em 2011-12 uma nova avaliação de todos os indivíduos pertencentes à coorte, desta vez utilizando sofisticados métodos de avaliação da composição corporal como DEXA e pletismografia. Assim, o presente projeto pretende avaliar a associação entre a alimentação nos primeiros anos de vida (duração da amamentação e idade de introdução de diversos alimentos) sobre a composição corporal em adolescentes, além de propor uma nova alternativa para estimativa da massa corpórea magra através da espessura do músculo adutor do polegar.