Teses - PPGEpi

Título:

Amamentação e saúde materna: estado nutricional, composição corporal e fatores metabólicos de risco cardiovascular

Autor:

Natália Peixoto lima

E-mail:

natyplima@hotmail.com

Área de concentração:

Orientador:

Bernardo Lessa Horta

Banca examinadora:

Christian Zanatti, Helen Gonçalves e Iná Santos

Data da defesa:

22/03/2019

Palavras-chave:

Resumo:

A amamentação apresenta benefícios a curto e longo prazo. No tocante à saúde materna, as evidências apontam que o aleitamento materno reduz o risco de câncer de mama e ovário e aumenta o intervalo entre as gestações. Contudo, para outros desfechos as evidências não são claras, como por exemplo, índice de massa corporal, adiposidade, densidade mineral óssea, glicemia, pressão arterial e perfil lipídico maternos. Sendo assim, a presente tese teve como objetivo avaliar a associação da amamentação com o estado nutricional, composição corporal e fatores metabólicos de risco cardiovascular maternos, nas participantes da coorte de nascimentos de 1982, Pelotas – RS, Brasil. Três artigos compõem a tese. O primeiro artigo da tese compreendeu uma revisão sistemática e metanálise avaliando a associação entre amamentação e densidade mineral óssea materna. Nessa revisão, não foi observada associação, mas ao avaliar apenas os estudos que controlaram para fatores de confusão, a direção da associação é no sentido de proteção do aleitamento materno. Contudo, algumas limitações metodológicas nos estudos incluídos foram identificadas e devem ser levadas em consideração em novas pesquisas, tais como ajustar as estimativas para fatores socioeconômicos e não controlar para possíveis fatores de mediação. O primeiro artigo original, o segundo desta tese, investigou a associação entre amamentação e índice de massa corporal, circunferência da cintura, índice de massa gorda, índice de massa livre de gordura, razão de gordura androide/ginóide e densidade mineral óssea maternos, sendo obtidas estimativas brutas e ajustadas através de regressão linear. Foram avaliadas a duração total da amamentação – também analisada estratificando para tempo desde o último parto – e a média de amamentação por filho. Os resultados indicam que a amamentação está associada a menores medidas de IMC, de circunferência da cintura e de índice de massa gorda, especialmente nos primeiros anos após o parto. Por fim, o terceiro artigo da tese foi um estudo original que avaliou a associação entre aleitamento materno e pressão arterial, espessura da carótida, velocidade de onda de pulso, glicemia e perfil lipídico maternos, utilizando regressão linear bruta e ajustada para possíveis fatores de confusão. A amamentação foi avaliada como duração total da amamentação e duração da amamentação do último filho, também analisadas estratificando para paridade e tempo desde o último parto, respectivamente. Os resultados sugerem que não há associação entre amamentação e os fatores de risco cardiovascular maternos avaliados.