O presente estudo avaliou as relações entre a espessura do complexo médiointimal carotídeo, um preditor do processo de aterosclerose, medido por ultrassom, e as condições de nascimento, crescimento acelerado na infância, amamentação e os fatores de risco cardiovasculares metabólicos (índice de massa corporal, pressão arterial, e dosagem sérica de glicose, triglicerídeos, colesterol-HDL, colesterol-LDL e colesterol-total,) e comportamentais (dieta, sedentarismo, tabagismo e ingesta de bebidas alcoólicas) na Coorte de Nascimentos de 1982 de Pelotas, RS. A espessura da carótida aos 30 anos foi positivamente associado com o peso-idade e peso-altura em escore z aos dois anos, peso-altura, altura-idade e peso-idade em escore z aos quatro anos e o ganho de peso condicional dos dois aos quatro anos. O consumo de tabaco e os fatores metabólicos de risco cardiovascular (índice de massa corporal, pressão arterial, glicemia e lipídeos) estiveram associados com a espessura do complexo médio-intimal carotídeo aos 30 anos.