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Teses e Dissertações


2019


Aluno:Fernanda Barros Prieto

Título: Avaliação do controle da asma em universitários no Sul do Brasil

E-mail:fernandabarros.fisio@gmail.com

Área de concentração:

Orientador:Ana Menezes

Banca examinadora:Bruno Pereira Nunes e Fernando Cesar Wehrmeister

Data defesa:22/01/2019

Palavras-chave:

O nível de controle da asma, a gravidade da doença e os recursos médicos utilizados por jovens adultos asmáticos brasileiros são pouco documentados. Provavelmente, isso se deve ao fato de que a asma é mais prevalente na infância e começo da adolescência; posteriormente, os sintomas tendem a desaparecer, embora em muitos deles a asma retorne na idade adulta 67, 73; sendo a asma uma doença respiratória crônica, sem cura até o momento, seu tratamento consiste no manejo adequado para resultar em um “bom controle†da mesma, com ausência de sintomas ou crises 2, o que reduz o risco de exacerbações e de óbito. No entanto, um percentual de aproximadamente 35% dos asmáticos não está com a doença adequadamente controlada, sendo esse um dos grandes motivos pelos quais as agudizações persistem tornando-se uma das principais causas de atendimentos em serviços de emergência e até de hospitalizações 2, 9. Essa situação pode ser devida ao fato de que os pacientes não estejam recebendo a prescrição adequada ou não estejam utilizando a medicação prescrita de forma correta. Além da prescrição e disponibilização adequadas do tratamento farmacológico de acordo com a gravidade da asma, a educação e a orientação sobre o automanejo da doença são aspectos indispensáveis a serem abordados no seu contexto clínico 74.
A asma é uma doença que afeta não apenas a qualidade de vida de quem é acometido pela doença, mas de todo um sistema que se torna vulnerável por conta dos efeitos econômicos negativos que ela gera 1. Em 2007, um estudo transversal conduzido no Hospital da Universidade Federal de São Paulo verificou que o custo direto da asma (utilização de serviços de saúde e medicações) foi o dobro entre pacientes com asma não controlada do que entre aqueles com asma controlada, sendo a falta de controle da asma o maior componente relacionado à utilização dos serviços de saúde. No entanto, o gasto direto relacionado às medicações foi maior entre os portadores de asma controlada, sendo que 82% desses utilizavam regularmente corticoides inalatórios. O custo da asma aumenta proporcionalmente com a gravidade da doença. O custo indireto (perda de produtividade por conta do absenteísmo escolar e no trabalho e número de mortes associadas à asma) foi superior no grupo com asma não controlada 75.
Desse modo, é importante um maior conhecimento sobre o nível de controle da mesma em jovens universitários, visto que essas informações poderão auxiliar na elaboração de programas preventivos e de políticas de saúde voltadas para a doença nesta faixa etária pouco estudada.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas