Aluno:Camila Garcez Ribeiro
Título: Prevalência autorreferida da perda dentária e do uso de prótese dentária na população idosa: Um estudo de base populacional em Pelotas/RS
E-mail:camigarcez@hotmail.com
Área de concentração:Epidemiologia
Orientador:Fávio Fernando Demarco
Banca examinadora:Fernando Wehrmeister e Marco Aurélio Peres
Data defesa:02/03/2015
Palavras-chave:Saúde do idoso, Epidemiologia, Perda dentária
O acelerado processo de transição demográfica, vivenciado por paÃses como o Brasil,
dificultou uma reorganização social e assistencial que possibilite atender
adequadamente as demandas emergentes de saúde do idoso. A perda dentária é
considerada um dos mais frequentes problemas de saúde bucal entre os idosos,
repercute de forma direta e indireta na saúde geral e na qualidade de vida, tendo
como medida reabilitadora o uso de prótese dentária. Este estudo objetivou estimar as
prevalências do edentulismo, da perda dentária severa, da ausência de dentição
funcional, do uso e da necessidade de prótese dentária autorreferidos, e da saúde
bucal autopercebida como ruim ou muito ruim. E ainda, verificar os fatores associados
à perda dentária nos seus diferentes graus de severidade. Para tal, foi realizado um
estudo transversal de base populacional com 1.451 idosos, na cidade de Pelotas, Rio
Grande do Sul, Brasil. Razões de prevalência brutas e ajustadas foram estimadas por
meio de regressão de Poisson. As prevalências verificadas foram 39,3% para
edentulismo, 60,9% para perda dentária severa, 82,7% para ausência de dentição
funcional, 84,8% para uso de prótese dentária, 41,1% para necessidade de usar (ou
substituir) prótese dentária e 8,9% para saúde bucal autopercebida como ruim ou
muito ruim. Os fatores associados positivamente e de forma independente à perda
dentária em ao menos um dos diferentes graus de severidade foram sexo feminino,
idade avançada, ser viúvo, baixa renda familiar, baixa escolaridade, tabagismo,
depressão, última consulta odontológica há mais de 24 meses e realizada no serviço
particular. As altas prevalências de perda dentária nos seus diferentes graus de
severidade e de uso e necessidade de prótese, juntamente a constatação de fatores
associados passÃveis de intervenção alertam para necessidade de medidas e programas
que priorizem a faixa etária idosa com ênfase na prevenção da perda dentária e na
reabilitação protética.