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Teses e Dissertações


2014


Aluno:Giordano Santana Sória

Título: Acesso aos serviços de saúde bucal por idosos de Pelotas-RS

E-mail:giordano_soria@hotmail.com

Área de concentração:Epidemiologia

Orientador:Luiz Augusto Facchini

Banca examinadora:Alexandre Emídio da Silva e Elaine Tomasi

Data defesa:24/11/2014

Palavras-chave:Saúde do idoso, Saúde bucal, Epidemiologia dos serviços de saúde

Nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população. Em 2000, segundo o Censo, a população de 60 anos ou mais de idade era de 14.536.029 de pessoas, comparado com os 10.722.705 em 1991. O peso relativo da população idosa em 1991 representava 7,3%, enquanto, em 2000, essa proporção atingia 8,6%16.
Esse tipo de transição demográfica acarreta uma série de transformações sociais, dentre elas: alterações de estruturas familiares, mudanças na prioridade orçamentária pública, e mudanças na demanda por serviços de saúde.
Sobre utilização de serviços de saúde, alguns estudos mostram associação entre a utilização regular de serviços odontológicos e melhor condição de saúde bucal4. Essa presença frequente nos serviços proporciona contato constante entre o paciente e a equipe de saúde, e contribui para aumentar o conhecimento em saúde bucal, melhorar o autocuidado e possibilitar o diagnóstico e o tratamento precoce de agravos bucais, facilitando assim a sua recuperação. Idosos, de forma geral, acumularam uma série de problemas e agravos no que tange à saúde bucal, logo necessitam utilizar esses serviços de forma periódica8.
Baseado nessas evidências, a implantação de serviços de saúde bucal tem sido uma das grandes prioridades governamentais nos últimos anos. Em 2000, a Estratégia Saúde da Família passou a contar com equipes de saúde bucal. Segundo dados do DAB (Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde), foram investidos R$ 56,5 milhões em 2002, recursos que foram ampliados para R$ 84,5 milhões em 2003. Com o aumento do repasse, o número de equipes passou de 4,2 mil, nos anos de 2003 e 2004, para quase 21 mil em setembro de 2013, presentes em mais de 3 mil dos 5.565 municípios brasileiros17.
Mesmo com o aumento dos serviços nos últimos anos, a cobertura ainda é de cerca de 1/4 da população brasileira, ou seja, aproximadamente 50 milhões de pessoas. Tais números mostram o quanto é lenta e gradual a criação de serviços por parte do poder público, acarretando que muitos brasileiros ainda necessitam recorrer a saúde suplementar como forma de atender suas demandas de saúde bucal.
Embora se constate o envelhecimento populacional no Brasil, os benefícios existentes na utilização de serviços de saúde bucal e o investimento do governo na área, a literatura nacional é limitada em avaliações de base populacional sobre acesso e utilização dos serviços de saúde entre idosos. Em Pelotas existe um estudo sobre o tema utilização, mas foi realizado com a maioria da amostra de adultos.3 Estudos de base populacional com essa metodologia realizados com idosos, em tal panorama, podem ser de muita importância tanto para o poder público quanto para a literatura científica.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas