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Teses e Dissertações


2010


Aluno:Doris Gomez Marcos Schuch

Título: Foco da profilaxia anti-rábica humana pós-exposição no ano de 2007 em Pelotas, RS

E-mail:

Área de concentração:Saúde Pública

Orientador:Andrea Homsi Dâmaso

Banca examinadora:Aluísio Jardim Dornellas de Barros-UFPel; Lucia Beatriz Lopes Ferreira Mardin

Data defesa:01/03/2010

Palavras-chave:Profilaxia anti-rabica, Pelotas, Epidemiologia

Foi realizada uma pesquisa para avaliar a adequação do atendimento antirrábico humano pós-exposição, realizados nos serviços de saúde do município de Pelotas, com o objetivo de verificar se a profilaxia (vacina e soro antirrábicos) está sendo utilizada em conformidade com o estabelecido na Norma Técnica para Tratamento Profilático Antirrábico Humano. A raiva é uma doença de alta letalidade, transmitida ao homem pela inoculação do vírus rábico, presente na saliva e em secreções de animais infectados. A doença está controlada no estado do Rio Grande do Sul e não apresenta casos em humanos, desde 1981. Em Pelotas a doença em cães e gatos também está controlada há duas décadas, entretanto as ações de vigilância da raiva têm detectado a circulação do vírus em espécies silvestres, como em morcegos, por exemplo. A profilaxia antirrábica destina-se a proteção de humanos com exposição ao vírus da raiva, através do uso de vacina e soro contra a raiva. Para a adequada utilização destes produtos existem protocolos estabelecidos pela Norma Técnica para Tratamento Profilático Antirrábico Humano, em conformidade com as diretrizes nacionais e internacionais preconizadas para a proteção em humanos, contra o vírus da raiva. Os resultados do estudo revelam que menos da metade dos atendimentos foram realizados adequadamente e entre as doses de soros e vacinas administradas 68,7% estavam no foco, ou seja, estavam em conformidade com a Norma Técnica. O estudo também verificou a má qualidade do registro de informações nas fichas de atendimento antirrábico, caracterizado principalmente pela falta de preenchimento de dados referentes ao agravo sofrido pelo paciente. As características dos atendimentos foram descritas de forma a instrumentalizar o planejamento das ações de prevenção aos agravos. O estudo concluiu que apesar do expressivo uso de profilaxia verificado, sua indicação e utilização apresentam inadequações que podem comprometer a proteção desejada aos pacientes que buscam o serviço. Além disso, constatou que tais ações não previnem adequadamente os riscos a população de uma forma geral, uma vez que o atendimento individual apresenta-se desconectado das ações de prevenção a saúde coletiva. O estudo sugeri a necessidade de qualificar o sistema de vigilância e controle da enfermidade, de forma que a prática do atendimento antirrábico humano esteja baseado nos critérios técnicos e científicos, garantindo igualmente as ações de proteção, prevenção e controle à saúde coletiva, com o uso racional dos recursos disponíveis.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas