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Teses e Dissertações


2010


Aluno:Eduardo Coelho Machado

Título: Estratégias de emagrecimento e uso de substâncias para perder peso na cidade de Pelotas: Um estudo de base populacional

E-mail:

Área de concentração:Epidemiologia

Orientador:Mariangela Freitas da Silveira

Banca examinadora:Paulo Tannús Jorge -Universidade Federal de Uberlândia; Iná Santos - UFPel

Data defesa:02/12/2010

Palavras-chave:

Práticas de emagrecimentos são frequentes entre a população, porém as pessoas frequentemente optam por utilizar estratégias inadequadas e sem efeitos comprovados, em longo prazo, sobre o peso.
Esta foi uma das conclusões do estudo epidemiológico sobre práticas de emagrecimento e o uso de substâncias para perder peso, realizado entre janeiro e junho de 2010 e que entrevistou 2732 adultos nos diferentes bairros da cidade. A pesquisa foi conduzida pelo médico endocrinologista Eduardo Coelho Machado, sob orientação da professora Mariângela Freitas da Silveira, e esteve vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas.
O estudo mostrou que 26,6% dos entrevistados tentaram perder peso no último ano, porém apenas 36% destes combinaram controle dietético e exercícios físicos como estratégia utilizada, enquanto que quase a metade optou por utilizar alguma substância para tal.
Em uma população onde o excesso de peso esteve presente em 60%, foi identificado que menos da metade das pessoas com obesidade tentaram emagrecer no último ano e, entre estas apenas 15% optaram pelas estratégias recomendadas.
Foi encontrado ainda que, pertencer ao sexo feminino e perceber seu peso como excessivo são as características mais associadas ao uso de alguma substância para perder peso e que 75% destes usuários são considerados sedentários.
Em relação às substâncias, as mais frequentemente utilizadas foram os populares “chás emagrecedoresâ€, embora não exista comprovação científica que justifique seu uso e existam estudos identificando riscos à saúde com o uso de alguns compostos.
Desta forma o estudo faz um alerta. Considerando que a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade e que um tratamento eficaz deva passar obrigatoriamente por modificações no estilo de vida, os dados observados são preocupantes e reforçam que nossa população está além do peso e tenta emagrecer de forma errada, colocando a saúde em riscos, com suas opções.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas