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Teses e Dissertações


2010


Aluno:Sandra Denise de Moura Sperotto

Título: Diagnóstico tardio para o HIV-/AIDS na população do Rio Grande do Sul

E-mail:

Área de concentração:Epidemiologia

Orientador:Maria Cecília Formoso Assunção

Banca examinadora:Jair Ferreira-UFRGS; Mariângela Freitas da Silveira-UFPel

Data defesa:01/09/2010

Palavras-chave:HIV/AIDS; Epidemiologia

A infecção pelo HIV/AIDS (Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é instável e dinâmica. A AIDS representa um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. O enfrentamento da infecção pelo HIV/AIDS exige esforços de todos os continentes para urgente, ampliar a capacidade de resposta ao crescente aumento de casos. No Brasil, desde a identificação do primeiro caso em 1980 até junho de 2010, já foram identificados, aproximadamente, 544 mil casos da doença. No Rio Grande do Sul, neste mesmo período, já foram notificados mais de 52 mil casos sendo o estado com a maior taxa de ocorrência de AIDS entre os estados brasileiros. É também o estado da federação com a maior mortalidade por AIDS. A aluna do Curso de Mestrado em Saúde Pública Baseada em Evidências, do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da UFPel, Sandra Denise de Moura Sperotto, sob a orientação da Profª Maria Cecília Formoso Assunção, realizou uma avaliação dos casos registrados da doença no estado para determinar o percentual de casos cujo diagnóstico foi feito tardiamente no ano de 2007. O diagnóstico tardio desencadeia conseqüências negativas para a sobrevivência e a qualidade de vida dos pacientes, em alguns casos o diagnóstico ocorre apenas no momento do óbito. As análises mostraram que no RS, 40% dos indivíduos que foram diagnosticados como portadores de AIDS em 2007 realizaram o diagnóstico tardiamente, sendo esta situação mais freqüente nos homens do que em mulheres (51,4% vs 30,2%). A população de 30 69 a 59 anos vem realizando exames diagnósticos mais tardiamente que a população mais jovem. Onde devemos chegar: Sandra Sperotto afirma que para modificar este quadro e os indivíduos terem seu diagnóstico feito mais precocemente, são necessárias novas abordagens, entre elas: desenvolvimento de ações educativas para populações de maior vulnerabilidade e implantação da estratégia de teste rápido em espaços diferentes dos que hoje a oferecem, como empresas e sindicatos através de parcerias com serviços sociais dos diversos segmentos de trabalhadores. Também são necessárias ações de reorganização da rede de atenção à saúde, através da definição clara das atribuições de cada nível de atenção, com o fortalecimento da atenção primária à saúde (APS) nas ações de promoção, prevenção e diagnóstico precoce à doença, assim como a educação permanente dos trabalhadores de saúde e o fortalecimento da rede diagnóstica, ampliando a oferta de testagem para as gestantes e seus parceiros.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas