Aluno:Josiane Luiza Dias Damé
Título: Avaliação da tendência temporal de tabagismo em adultos de Pelotas entre 2001-2010
E-mail:josianeddame@yahoo.com.br
Área de concentração:Saúde Pública
Orientador:Juraci Almeida Cesar
Banca examinadora:Ana Maria Baptista Menezes- UFPel; Gulnar Azevedo e Silva Mendonça- UERJ
Data defesa:01/11/2010
Palavras-chave:Tabagismo, Adultos, Epidemiologia
O tabagismo é a principal causa de morte para metade dos seus usuários. Metade deles vai a óbito dos 35 aos 69 anos de idade, ou seja, no seu perÃodo de maior produtividade. Os custos decorrentes do vÃcio de fumar são enormes para o indivÃduo, para a famÃlia e para a sociedade. Estes custos incluem o valor gasto na compra dos cigarros, a perda de renda devido à s despesas com doenças, morte prematura e doenças impostas à queles afetados pelo vÃcio de outras pessoas. Desde 2001, o Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da UFPel, através do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia, vem realizando estudos a cada dois anos sobre aspectos relacionados à saúde da população adulta e idosa residente na área urbana do municÃpio. Desde então, cinco estudos foram realizados. Estes estudos consideraram como tabagista a pessoa que fumava pelo menos um cigarro por dia há mais de um mês. Em 2010, ano da realização do último estudo, a cirurgiã-dentista e mestranda Josiane Dias Damé, sob orientação do Prof. Dr. Juraci A. Cesar, comparou os dados sobre tabagismo desde 2001. Nos cinco estudos analisados, foram incluÃdos 15.136 participantes com pelo menos 20 anos de idade. Entre 2001 e 2010, a prevalência de tabagismo diminuiu entre todos os participantes de 28% para 21%. Isto indica redução de aproximadamente 23%, ou seja, para cada quatro pessoas que fumavam em 2001, um já havia deixado o vÃcio em 2010. Esta diminuição foi praticamente a mesma em ambos os sexos. Foi verificado também que o vÃcio de fumar foi sempre maior entre os mais pobres em todos os estudos. Ao longo destes nove anos, houve redução de aproximadamente 40% no vÃcio de fumar entre os mais ricos e de apenas 26% entre os mais pobres. Este estudo comparativo mostra a necessidade de intensificar o combate ao tabagismo na cidade a fim de eliminar este vÃcio que traz tantos prejuÃzos à saúde da população. Neste sentido, a proibição do tabagismo em ambientes coletivos fechados deve contribuir para intensificar esta queda, mas isto não deve ser suficiente. Outras medidas devem ser tomadas como, por exemplo, auxiliar aqueles que desejam parar de fumar e desencorajar a sua iniciação.