Teses e Dissertações

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Na cidade de Pelotas, a mortalidade pelo câncer de colo uterino variou de 4,9 a 11,6 casos por 100.000 mulheres entre 1.996 e 2.003, não apresentando tendência a diminuição. O exame citopatológico do colo uterino detecta alterações precoces que levam a este tipo de câncer e que, se tratadas, impedem o seu desenvolvimento. Entre outubro e dezembro de 2003, foi realizado um estudo com 1.439 mulheres com idade entre 20 e 59 anos nesta cidade, para avaliar a cobertura deste exame. Foram avaliados os exames citopatológicos de colo uterino realizados por estas mulheres e o intervalo entre os dois últimos exames. Dentre as mulheres população-alvo dos programas de prevenção do câncer de colo uterino 83% realizaram o exame citopatológico do colo uterino nos três anos antecedentes a data da entrevista. Este estudo mostrou que as mulheres que tem as menores coberturas são as de: faixas etárias de 20 a 29 anos e 50 a 59 anos em relação às mulheres de 40 a 49 anos de idade, menor escolaridade, menor nível socioeconômico, cor da pele mulata ou preta, não consultar com ginecologista nos últimos 12 meses e não ter filhos. O intervalo entre o último e o penúltimo exame foi inferior a dois anos para 88,4% das mulheres que já haviam realizado dois ou mais exames. Em relação a estudo similar realizado na mesma localidade em 1992, verificou-se aumento na realização deste exame independentemente da cor da pele, renda familiar mensal, viver ou não com companheiro e nas mulheres maiores de 30 anos de idade. Para aumentar a cobertura de realização de citopatológico do colo uterino nesta população, é necessário a busca ativa das mulheres que nunca realizaram este exame, ou daquelas que o realizaram há mais de três anos, para que se possa diminuir a mortalidade por este tipo de câncer.