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Sala de Imprensa

07/07/2023

Defesa de tese

Título: Avaliação intergeracional do peso ao nascer e composição corporal naCoorte de Nascimentos de 1993, Pelotas/RS

Banca: Profª. Drª. Ludmila Muniz (Nutrição-UFPel), Profª. Drª. Ana Menezes e Prof. Dr. Bernardo Horta.

Orientador: Denise Petrucci Gigante

 

Influência do peso ao nascer dos pais no peso ao nascer dos filhos e

trajetórias de adiposidade da adolescência a vida adulta na Coorte de

Nascimentos de 1993 de Pelotas

 

Uma pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas avaliou o a influência do peso ao nascer dos pais no peso ao nascer dos filhos e trajetórias de adiposidade desde a adolescência até o início da vida adulta. Foram utilizados dados obtidos da Coorte de Nascimentos de 1993, que se trata de uma pesquisa que acompanha todos os nascimentos de moradores da zona urbana da cidade de Pelotas, desde 1993. Esses acompanhamentos acontecem periodicamente, e os participantes ou suas mães responderam a questionários e realizaram exames. No último acompanhamento, realizado entre 2015 e 2016, os participantes da coorte, com idade média de 22 anos, e com filhos levaram suas crianças ao Centro de Pesquisas Epidemiológicas, para também fazerem parte do estudo.

Entre os 860 membros da coorte (mulheres e homens) que já tinham tido filhos aos 22 anos, a média de peso ao nascer aumentou entre as gerações. E pais que nasceram com baixo peso apresentaram maior chance dos filhos também ter baixo peso no nascimento. A autora da pesquisa ressalta que “Mesmo antes da concepção dos filhos, a saúde dos pais pode afetar a saúde e o desenvolvimento, e o peso ao nascer pode influenciar as gerações futuras”.

As trajetórias de adiposidade, avaliadas por meio do índice de massa corporal (IMC) e do percentual de gordura corporal (%GC) dos participantes da coorte, nos acompanhamentos dos 11, 15, 18 e 22 anos também são apresentadas nesse estudo. Foram identificadas quatro trajetórias possíveis para cada uma dessas medidas, sendo que para IMC duas trajetórias mostraram que aqueles indivíduos que iniciaram a adolescência com sobrepeso ou obesidade continuaram nessa condição até os 22 anos e, ainda, em outra trajetória, os participantes com IMC adequado na adolescência apresentaram sobrepeso na vida adulta. Para %GC, em três das quatro trajetórias o excesso de gordura corporal foi observado entre 11 e 22 anos. Além disso, uma relação entre sobrepeso e obesidade das mães com as trajetórias de adiposidade foi observada, tanto para homens como para mulheres.

Os resultados da pesquisa fazem parte da tese de doutorado da nutricionista e mestra em Nutrição e Alimentos Riceli Rodeghiero Oliveira, orientada pela Profª Drª Denise Petrucci Gigante e coorientada pela Drª Thaynã Ramos Flores.

 

A autora conclui “medidas corporais desde o nascimento até a idade adulta jovem são associadas entre pais e filhos. Tanto o aumento peso ao nascer quanto o baixo peso ao nascer são resultados de diferentes interações ambientais e nutricionais antes mesmo da gestação. Além disso, as trajetórias de adiposidade permitiram identificar o desenvolvimento do sobrepeso e obesidade ao longo do tempo, e relacionar com o excesso de peso materno”. Sendo assim, este estudo indica que as intervenções para melhorar a saúde da população, o desenvolvimento e a qualidade de vida terão impacto nas gerações futuras.


Auditório B - DATA:07/07/2023 - HORA:09:00hs

Apresentador: Riceli Rodeghiero Oliveira





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