Título: Qualidade da atenção à saúde da criança na primeira semana de vida na atenção básica no Brasil: Uma análise do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Elaine Tomasi.
Banca: Prof.ª Dr.ª Iná da Silva dos Santos (PPGEpi/UFPEL), Prof.ª Dr.ª Deisi Cardoso Soares (PPGEnf/UFPEL) e Prof.ª Dr.ª Anya Pimentel Gomes Fernandes Vieira-Meyer (FIOCRUZ, CE).
Pesquisa avalia a qualidade da atenção à saúde da criança na primeira semana de vida na Atenção Básica no Brasil, no contexto do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, e o aconselhamento para Amamentação Exclusiva na América Latina e Caribe
Um estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) avaliou a prevalência da boa qualidade da atenção à saúde da criança na primeira semana de vida na Rede Básica do Brasil, assim como os fatores associados e tendências a partir dos dados coletados na avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ, dos três ciclos do programa. O estudo também avaliou a associação do aconselhamento para Amamentação Materna Exclusiva (AME) no nível da Atenção Primária e a prevalência de AME em países da América Latina e Caribe. A pesquisa é fruto de trabalho de tese de doutorado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel pela Epidemiologista María de Pilar Flores Quispe, sob orientação da docente Elaine Tomasi e da professora Suele Manjourany Silva Duro, do Departamento de Medicina Social e Faculdade de Enfermagem, respectivamente. As pesquisadoras construíram um indicador de “boa qualidade da atenção à saúde da criança na primeira semana de vida”, obtido por meio de um escore, composto por seis perguntas obtidas do módulo 3, da entrevista com as usuárias com crianças que tinham realizado a primeira consulta até os primeiros sete dias de vida. As perguntas utilizadas foram: i) “A criança foi pesada?”; ii) “A criança foi medida?”; iii) “Foi colocada para mamar?”; iv) “A criança teve o umbigo examinado?”; v) “Foi conversado sobre a melhor posição para a criança dormir?”; e vi) “Foi realizado teste do pezinho na criança?”. A cada resposta negativa foi atribuído o valor 0 (zero) e afirmativa, o valor 1 (um). Este foi o desfecho da pesquisa operacionalizado de forma dicotômica, considerando boa qualidade da atenção quem respondeu afirmativamente a todas as seis perguntas. Os resultados mostraram que a prevalência de boa qualidade na consulta da primeira semana de vida foi de 39,5%. Os itens menos cumpridos foram: criança colocada para mamar e ter recebido orientações sobre a posição para dormir, com prevalências de 75% ou menos. A chance de boa qualidade foi maior para crianças com mães entre 30 e 39 anos, beneficiárias do Programa Bolsa Família, entre as que receberam a visita domiciliar do Agente Comunitário de Saúde, e que fizeram a consulta de puerpério. Ainda também, foi observado um aumento anual de 0,73 pontos percentuais da prevalência de boa qualidade na atenção entre os anos 2012 e 2018. O aumento anual foi maior na região Nordeste, em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano muito baixo/baixo, e com 100% de cobertura da Estratégia Saúde da Família.
Auditório A - DATA:06/10/2022 - HORA:14:00hs
Apresentador: Maria Del Pilar Flores Quispe
