Título: Maus-tratos infantis, comportamento sexual de risco e capital humano no início da vida adulta.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Helen Gonçalves
Banca: Prof. Dr. Luciano Dias de Mattos Souza (UCPEL), Porf. Dr. Bernardo Horta (PPGEPI) e Prof. Dr. Fernando Werhmeister (PPGEPI).
Maus-tratos infantis traz consequências também na vida adulta
Acontecimentos negativos vivenciados antes dos 18 anos, como os abusos (físico, sexual e emocional) e a negligência (falta de cuidados), são chamados de maus-tratos infantis. Infelizmente, as consequências da sua ocorrência podem ser sentidas em outras etapas da vida, posteriores ao fato. A doutora em Epidemiologia, Roberta Hirschmann, com orientação dos professores Helen Gonçalves e Cauane Blumenberg, avaliou em sua tese a relação entre maus-tratos infantis, comportamentos sexuais de risco e capital humano (escolaridade e QI) no início da idade adulta, utilizando dados da Coorte de 1993 de Pelotas. Os resultados mostraram uma relação importante para comportamento sexual de risco, mas somente para as mulheres: as que sofreram abuso sexual e emocional iniciaram sexualmente antes dos seus 15 anos de idade. Quanto ao QI (quociente de inteligência) e os anos de estudos completos, o estudo mostrou que as mulheres que sofreram negligência física (falta de cuidados) até os 15 anos de idade atingiram, em média, 4,2 pontos a menos no QI aos 18 anos e um ano a menos de estudos completos aos 22 anos, quando comparadas àquelas que não sofreram qualquer negligência. Este achado também foi observado entre as que sofreram dois ou mais tipos de maus-tratos simultaneamente. Para os homens não foi observada uma relação entre a ocorrência de maus-tratos infantis e comportamentos sexuais de risco e escolaridade e QI no início da idade adulta.
Auditório B - presencial - DATA:21/06/2022 - HORA:09:00hs
Apresentador: Roberta Hirshmann
