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Sala de Imprensa

22/09/2021

UFPel capacita equipes e inicia etapa final de avaliação do Programa Criança Feliz


  

O Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (PPGEpi/UFPel), em parceria com seis universidades brasileiras, coordena a capacitação de entrevistadores do estudo que irá avaliar o impacto do programa Criança Feliz, do governo federal, sobre o desenvolvimento infantil. O treinamento das equipes teve início nesta segunda-feira (20) e segue com atividades diárias, realizadas em ambiente virtual, nos turnos da manhã e tarde, até a próxima sexta-feira (24).

Participaram da abertura dos trabalhos o grupo da coordenação geral do estudo na UFPel, liderado pelos professores Cesar Victora, Iná Santos e Tiago Munhoz, os coordenadores regionais das universidades parceiras, os entrevistadores e supervisores do trabalho de campo, além de representantes da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI) do Ministério da Cidadania - secretário Ronaldo França Navarro; diretor do Departamento de Avaliação, Eduardo Felipe Ohana; e coordenador geral de Desenho de Avaliação e Análise de Impacto, Ronaldo Souza da Silva.

O evento marca a preparação para a última etapa da série de coleta de dados do estudo, que teve três levantamento anteriores - o primeiro realizado em 2018, antes que metade das crianças em estudo começasse a receber o atendimento do programa, o segundo em 2019, o terceiro em 2020.

“Esse é um dos aspectos particulares do Criança Feliz. O programa investiu em um estudo científico até então inédito para a realidade brasileira de avaliação de políticas públicas. Com a coleta de informações prévias para a linha de base, mais o acompanhamento em três etapas subsequentes, vamos poder comparar as trajetórias das crianças que receberam e das que não receberam a intervenção. Essa metodologia vai nos permitir identificar com precisão os efeitos do programa sobre a saúde e as habilidades cognitivas e socioemocionais de crianças brasileiras em situação de vulnerabilidade social”, diz Iná Santos.

Outra característica do estudo é a riqueza de informações coletadas para avaliação. Ao longo da semana de treinamento, cerca de sessenta entrevistadores vão receber orientações para a coleta de dados sobre desenvolvimento neuropsicomotor infantil, saúde mental das crianças e depressão materna. As entrevistas incluem também a observação de atividades desenvolvidas entre crianças e mães (ou cuidadores), com filmagens dessa interação, para avaliações por parte de psicólogos em relação a práticas parentais responsivas, que favorecem a aprendizagem infantil. Serão também realizados questionários gerais sobre dados sociodemográficos, acesso a serviços de saúde e adoção de cuidados de saúde materno-infantil.

Após o treinamento, as equipes vão visitar as casas de 3,2 mil crianças de famílias beneficiárias do Bolsa Família, em trinta municípios de seis estados – São Paulo, Goiás, Pernambuco, Ceará, Bahia e Pará. As crianças foram distribuídas por sorteio em dois grupos – 1,6 mil estão recebendo atendimento do Criança Feliz, e 1,6 mil formam o grupo controle, sem receber a intervenção. Todas as crianças vêm sendo acompanhadas desde o início do estudo. O trabalho de campo está previsto para iniciar em outubro de 2021.

“Evidências científicas são a melhor fonte para apoiar o desenvolvimento de programas de saúde pública. Os dados coletados em nosso estudo vão nos ajudar a conhecer o desenvolvimento das crianças atendidas pelo Criança Feliz, com potencial para indicar pontos de aprimoramento da atenção. Este é um dos maiores programas de visitação familiar do mundo voltado ao desenvolvimento integral da primeira infância, e o seu funcionamento adequado é um dos melhores investimentos para a quebra de ciclos de pobreza e violência social do país”, acrescenta a coordenadora. 

O estudo em andamento é fruto da parceria entre Ministério da Cidadania, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Itaú Social e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Com liderança técnica da UFPel, tem a participação das universidades federais da Bahia (UFBA), do Ceará (UFC), de Goiás (UFG), do Oeste do Pará (UFOPA), de Pernambuco (UFPE), e de São Paulo (UFABC).




Fonte: Assessoria de Imprensa





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