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Sala de Imprensa

28/05/2021

Defesa de Tese

Título: Prematuridade e composição corporal na infância, adolescência e idade adulta:´Coortes de Nascimentos de Pelotas de 1982, 1993 e 2004

Banca: Prof.ª Rita Mattiello (PUCRS), Prof.ª Renata Bielemann e Prof. Fernando Wehrmeister 

Orientadora: Prof.ª Iná da Silva dos Santos

 

O nascimento prematuro influencia na composição corporal em alguma fase da vida? 

Essa foi a principal pergunta que a aluna nutricionista do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, Caroline Cardozo Bortolotto, procurou responder em sua tese de doutorado. Com orientação da Profª. Drª. Iná da Silva dos Santos e coorientação da Profª. Drª. Juliana dos Santos Vaz, a tese observou a relação entre a prematuridade (nascer antes de completar 37 semanas de idade gestacional - IG) com a composição corporal, medida por pletismografia por deslocamento de ar (padrão-ouro para análise corporal). 

Já publicado em uma revista científica de relevante impacto, estão os resultados de um dos artigos, que avaliou 4231 crianças aos 6 anos, 5249 adolescentes aos 18 anos e 5914 adultos aos 30 anos, pertencentes às Coortes de Nascimentos de Pelotas de 2004, 1993 e 1982, respetivamente. Nesse estudo, Caroline observou que nascidos prematuros apresentaram menos gordura corporal e massa livre de gordura na infância, entretanto esse efeito foi observado apenas nos meninos aos 6 anos de idade. Na adolescência, essas associações desapareceram, porém aos 30 anos o efeito inverte, mostrando que homens que nasceram com ≤33 semanas de IG apresentaram, em média, 15,7kg de gordura a mais do que os nascidos a termo. Outro artigo mostrou que na coorte de Pelotas de 2004, aos 11 anos, tanto em meninos quanto em meninas, ser de cor branca, ter maior renda familiar, ser filho de mães mais escolarizadas e nascer a partir das 37 semanas de IG associaram-se a maior gordura corporal no início da adolescência. Para dar mais consistência a esses achados, Caroline realizou uma revisão sistemática da literatura, mostrando que a prematuridade está associada a menores quantidades de massa gorda e massa livre de gordura na infância e no início da adolescência (11 anos), mas no final da adolescência (18 anos) e na idade adulta (30 anos), o efeito inverte para massa gorda e desaparece para massa livre de gordura.  

A nutricionista relata que os resultados da tese indicam que há uma relação sexo dependente entre a idade gestacional e a composição corporal, e ressalta que dado o grande número de prematuros nascidos a cada ano, é necessário prevenir os fatores de risco da prematuridade para evitar seu impacto negativo sobre a saúde na idade adulta, especialmente nos homens. 


Online - DATA:28/05/2021 - HORA:09:00hs

Apresentador: Caroline Cardozo Bortolotto





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