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Sala de Imprensa

31/03/2021

Defesa de dissertação

Título: Autopercepção de discriminação em serviços de saúde entre adultos da zona urbana de Pelotas, RS.

Banca: Helen Gonçalves e Bruno Nunes

Orientador: Elaine Tomasi

 

ESTUDO AVALIA DISCRIMINAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL

 

Um estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) avaliou a prevalência de discriminação em serviços de saúde e identificou associações com fatores sociodemográficos e de avaliação dos atendimentos em estabelecimentos de saúde no Brasil. A pesquisa é fruto da dissertação desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia (PPGEpi) pelo enfermeiro Paulo Victor Cesar de Albuquerque sob orientação da professora Dra. Elaine Tomasi e coorientação da Mestra Maria del Pilar Flores Quispe.

A discriminação autopercebida pode ser definida como a percepção de um indivíduo de ser tratado injustamente devido a algum atributo pessoal ou quaisquer outras características que possam ser usadas para diferenciá-lo de seus pares. No presente estudo a discriminação por médicos ou outros profissionais nos serviços de saúde foi medida por meio de um escore feito a partir de dez perguntas sobre motivos pelos quais os participantes referiram terem sido discriminados.

Foram utilizados os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013), onde 44.001 dos entrevistados estiveram em consulta médica nos 12 meses anteriores à pesquisa.

A prevalência de discriminação autopercebida foi de 11,4% e foi mais comum em mulheres, naqueles com cor de pele ou raça preta, parda, amarela ou indígena,  quem tinha o ensino fundamental incompleto e entre os mais pobres. Cerca de 80% avaliou o atendimento médico como muito bom ou bom. Os que avaliaram o atendimento como regular, ruim ou muito ruim, tiveram a prevalência de discriminação cerca de até duas vezes maior comparado ao primeiro grupo.

 

De acordo com o pesquisador, o estudo demonstra que um em cada nove usuários de serviços de saúde relatou ter sofrido discriminação por parte de algum profissional. Este é um problema, pois quem se sente discriminado dentro dos serviços de saúde têm menos confiança, ficam menos satisfeitos com o atendimento que recebem e têm pior percepção do seu estado de saúde. A discriminação nos serviços de saúde necessita de ações que confiram acesso e garantam a qualidade da atenção a toda a população, sem distinção.


Online - DATA:31/03/2021 - HORA:14:00hs

Apresentador: Paulo Victor Cesar de Alburquerque





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