Título: Consumo de alimentos ultraprocessados e interleucina-6 sérica na vida adulta
Banca: Janaína Motta, Luciana Tovo Rodrigues e Carlos Augusto Monteiro.
Orientador: Denise Gigante
NOTA À IMPRENSA
Pesquisa aponta relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e inflamação crônica
Uma revisão da literatura, desenvolvida por pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, encontrou evidências de que o consumo de alimentos ultraprocessados aumenta o risco de obesidade em adultos. Esse mesmo grupo, analisando dados da Coorte de Nascimentos de 1982 de Pelotas/RS, observou que os participantes obesos têm concentrações mais elevadas de interleucina-6 (IL-6) no sangue, no início da vida adulta. A IL-6, enquanto marcador biológico de inflamação crônica, tem sido apontada como um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, principal causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo.
Em parceria com o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto – Portugal, os pesquisadores brasileiros desenvolveram uma pesquisa incluindo, além da coorte de Pelotas, dados de outro estudo de coorte, conduzido em Portugal. Os resultados encontrados mostraram que o consumo de alimentos ultraprocessados está relacionado com maiores concentrações de IL-6, entre mulheres na coorte portuguesa e nos homens da coorte brasileira. Apesar de previamente ter sido encontrada uma ligação entre alimentos ultraprocessados e obesidade e dessa, com inflamação crônica, medida pela IL-6 no sangue, a obesidade não explicou a relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e IL-6. Esse resultado não compromete a estratégia de evitar a obesidade, enquanto importante forma de prevenção e controle do risco cardiovascular e de inflamação crônica.
Online - DATA:18/03/2021 - HORA:14:00hs
Apresentador: Francine Silva Santos