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Sala de Imprensa

24/02/2021

Defesa de dissertação

 Título: Consumo de alimentos ultraprocessados e fatores associados na população adulta da zona urbana da cidade de Pelotas/RS

Banca: Janaina Motta e Juliana Vaz

Orientador: Mariangela Silveira

 

Pesquisa avalia consumo de alimentos ultraprocessados em crianças de Pelotas/RS 

 

As transformações no estilo de vida e no comportamento alimentar da população brasileira têm provocado um aumento expressivo no consumo de alimentos ultraprocessados, que são introduzidos cada vez mais precocemente na alimentação infantil. Esse tipo de alimento possui um alto teor calórico, bem como uma grande concentração de sódio, açúcar livre e gorduras saturadas, que quando consumidas em excesso são prejudiciais à saúde, além de ser pobre em nutrientes como vitaminas, fibras e proteínas. O guia alimentar da população brasileira recomenda que o consumo de alimentos ultraprocessados seja consumido com restrições em todas as idades e evitado por crianças que estão em fase de introdução alimentar, visto que os primeiros dois anos de vida são fundamentais para o incentivo e a adoção de hábitos alimentares saudáveis e para prevenção de doenças crônicas em fases posteriores da vida.  

Com o propósito de avaliar a prevalência do consumo habitual de alimentos ultraprocessados em crianças nesta faixa etária e os principais fatores associados a este consumo, a nutricionista Anna Müller Pereira realizou uma pesquisa dentro do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, sob orientação da Prof.ª Dra. Mariângela Freitas da Silveira e da Dra. Romina Buffarini. A pesquisa foi realizada com 4.275 crianças pertencentes à Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015, que tiveram o consumo alimentar avaliado aos 24 e aos 48 meses de idade.  

Os resultados mostraram que a prevalência de consumo habitual de 6 ou mais alimentos ultraprocessados foi 40,2% aos 24 e 59,3% aos 48 meses de idade. Os resultados são alarmantes, devido às crescentes evidências de que esses alimentos devem ser evitados, visto que estão associados a uma deterioração geral da qualidade nutricional das dietas, além de favorecer o consumo excessivo de calorias. 

O risco de consumo habitual de alimentos ultraprocessados foi maior em crianças de famílias mais pobres, cujo nível de escolaridade da mãe era mais baixo e em crianças filhas de mães mais jovens. Ainda, este risco foi maior em crianças de cor da pele preta, que possuíam irmãos e que não recebiam aleitamento materno.  

Pretende-se que os resultados desde estudo reforcem a necessidade de ações de medidas preventivas e ações de educação alimentar e nutricional voltadas às crianças e aos pais, tendo em vista que a infância é um importante período para o incentivo e desenvolvimento de práticas alimentares saudáveis.


Online - DATA:24/02/2021 - HORA:14:00hs

Apresentador: Anna Muller Pereira





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