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Sala de Imprensa

22/02/2021

Defesa de dissertação

Título: Uso de inaladores dosimetrados em adultos com doença respiratória crônica: evolução temporal em residentes da zona urbana de Pelotas de 2012 a 2020

Banca: Suzana Erico Minamoto Tanni (Unesp - Botucatu) e Ana Menezes (PPGEpi - UFPel).

Orientador: Fernando Wehrmeister

NOTA À IMPRENSA

Pesquisa aponta alta quantidade de erros no uso da “bombinha” em quem tem doença respiratória

O estudo Saúde EM CASA, cancelado devido à Pandemia de Covid-19, avaliou questões referentes à saúde de 827 pelotenses entre dezembro de 2019 e março de 2020. Entre os assuntos abordados está o que avaliou a prevalência das doenças crônicas respiratórias e o uso dos chamados inaladores dosimetrados, também conhecidos como “bombinhas” pressurizadas ou de pó seco. Esta parte da pesquisa foi conduzida pela mestranda Gabriela Marques e contou com a orientação de Fernando Wehrmeister e coorientação de Paula de Oliveira, ambos fisioterapeutas e epidemiologistas. A asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) não têm cura, mas se o indivíduo seguir o tratamento recomendado, a falta de ar, a tosse e até mesmo a severidade das crises podem ser controladas ou minimizadas. Porém, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, mais da metade da população brasileira declarou não utilizar tratamento para o manejo dos sintomas da DPOC. O medicamentoso foi o tipo de tratamento mais frequente, seguido do uso de oxigênio e da fisioterapia. “O problema é que, mesmo existindo fortes evidências de que o tratamento medicamentoso seja um importante pilar no controle dessas doenças, muitas pessoas não seguem as recomendações e, as que seguem, geralmente não realizam a técnica inalatória corretamente”, disse a mestranda, ressaltando que a prática incorreta está associada ao aumento de 50% no risco de hospitalização. Os resultados do estudo Saúde EM CASA sugerem que, apesar de 88,2% da população estudada terem recebido demonstração da técnica de inalação, a quantidade de erros foi alta: 76,9% das pessoas que usavam o inalador pressurizado e 85,7% das que usavam o inalador de pó seco não “prendiam” a respiração após inalar o medicamento. Os resultados encontrados indicam que, apesar do aumento da disponibilização dos dispositivos inalatórios por meio do Programa Farmácia Popular, a execução da técnica ainda está longe do ideal, alertando sobre a importância/urgência de investimento em ações didáticas na educação em saúde, visando a autonomia do paciente em relação ao seu cuidado. Para Gabriela “é dever do profissional da saúde realizar avaliações periódicas da técnica inalatória”. Se ainda tiveres dúvidas sobre quais são os tipos de “bombinhas” e como usá-las corretamente, acessa o perfil no Instagram @inalefacil. Lá são compartilhados conteúdos que ajudam indivíduos a compreender o passo a passo correto da técnica inalatória, abrangendo os diversos tipos de dispositivos inalatórios existentes no Brasil.


Online - DATA:22/02/2021 - HORA:08:30hs

Apresentador: Gabriela Ávila Marques





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