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Sala de Imprensa

01/02/2017

Doutoranda defende tese sobre os benefícios da prática da atividade física em relação à capacidade respiratória

A prática de atividade física durante a adolescência e durante a gestação pode melhorar a capacidade respiratória

 

O Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, através dos pesquisadores Bruna Gonçalves C. Da Silva, Fernando C. Wehrmeister e Ana Menezes, em colaboração com outros pesquisadores da instituição e de fora do país, realizou estudo sobre o impacto da atividade física na função pulmonar de adolescentes e de gestantes.

Utilizando dados de uma pesquisa da cidade de Pelotas que acompanha todas as pessoas nascidas no ano de 1993 (Coorte de Nascimentos de 1993 de Pelotas), os pesquisadores analisaram se os adolescentes que praticavam atividade física durante a adolescência apresentariam capacidade respiratória diferente daqueles que eram inativos.

Os adolescentes responderam um questionário sobre diversos aspectos relacionados à saúde e também ao comportamento, incluindo a prática de atividade física, quando tinham 11, 15 e 18 anos. A capacidade respiratória (função pulmonar) dos adolescentes foi avaliada quando os mesmos tinham 15 e 18 anos, através de um exame chamado espirometria.

Neste estudo, os pesquisadores encontraram que os meninos que praticaram atividade física aos 11 e 15 anos tiveram um aumento maior da capacidade respiratória dos 15 aos 18 anos do que os meninos que foram inativos. Os pesquisadores encontraram também que a altura dos meninos influenciou nos resultados. Por exemplo, os meninos mais altos ganharam mais capacidade respiratória. Mesmo assim, a atividade física teve um efeito na capacidade respiratória, independente do efeito da altura. Nesse estudo, não foi encontrada diferença na capacidade respiratória entre as meninas ativas e inativas durante a adolescência. Os autores sugerem que a falta de resultados para as meninas possa ser devido ao fato de que as mesmas podem ter apresentado níveis insuficientes de atividade física para causar impacto na capacidade respiratória durante a adolescência ou ao fato de que a maioria das meninas dos 15 aos 18 anos já atingiu uma altura próxima à altura máxima que terão na vida adulta.

Além disso, os pesquisadores realizaram um estudo com gestantes para investigar se a prática de atividade física durante a gestação poderia ter efeito na capacidade respiratória de gestantes. Esse estudo fez parte de uma grande pesquisa sobre os efeitos do exercício durante a gestação na saúde da mãe e do bebê (estudo PAMELA). Gestantes que aceitaram participar desse estudo foram separadas em dois grupos diferentes. Um dos grupos participou de um programa de exercício orientado por personal trainer durante 16 semanas, enquanto o outro grupo foi orientado a seguir com a sua rotina habitual neste período. Os dois grupos passaram por testes de capacidade respiratória por três vezes durante o estudo (início, meio e final).

Os pesquisadores detectaram que as gestantes que participaram do programa de exercício tiveram maior aumento da capacidade respiratória no segundo trimestre da gestação do que aquelas que não participaram do programa de exercício.

Com os resultados desses estudos, os pesquisadores salientam os benefícios da atividade física para a capacidade respiratória. Uma capacidade respiratória reduzida está associada a maiores riscos de mortalidade e de doenças. Sendo assim, os resultados encontrados reforçam a importância da prática de atividade física durante a adolescência e também durante a gestação para a saúde respiratória.




Fonte: PPGE





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Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas