Facebook

Sala de Imprensa

06/01/2017

Imprensa internacional repercute alerta sobre consumo de refrigerantes “zero”

 Após publicação na revista científica PLoS Medicine, nesta terça-feira (3), um alerta sobre o consumo de refrigerantes adoçados artificialmente ganhou repercussão na mídia internacional, especialmente de origem inglesa, como a reportagem no  jornal britânico The Guardian

Com autoria principal da doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal de Pelotas, Maria Carolina Borges, a publicação afirma que refrigerantes e bebidas “zero” não devem ser vistos como alternativa saudável em substituição às versões com açúcar. Segundo o texto do artigo, não existem evidências científicas suficientes de que a escolha pela bebida zero ajude o consumidor a perder peso, ao contrário do que sugere o marketing do produto. 

O artigo, que têm a colaboração de pesquisadores do Imperial College London e da Universidade Federal de São Paulo, consiste em um comentário sobre as pesquisas feitas até agora sobre bebidas artificialmente adoçadas e sua promoção como alternativa saudável para a perda de peso. 

As conclusões do relatório apontam que “longe de ajudar a resolver a crise global de obesidade”, características relacionadas à composição química e aos padrões de consumo das bebidas adoçadas artificialmente transformam o produto em potencial fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas.  

 A discussão ganha relevância em paralelo ao movimento internacional, liderado desde março de 2015 pela Organização Mundial de Saúde, de estimular políticas nacionais de sobretaxação e regulamentação mais rígida das bebidas com açúcar. Diante da crescente ameaça de ação regulatória, as empresas transnacionais estão respondendo de várias maneiras, inclusive investindo na formulação e venda de bebidas artificialmente adoçadas, promovidas como produtos mais saudáveis. 

“A falta de evidências científicas consistentes sobre os efeitos das bebidas adoçadas artificialmente sobre a saúde e a possibilidade de viés em resultados de pesquisas financiadas pela indústria devem ser levados a sério quando se discute se essas bebidas são alternativas adequadas para a saúde”, conclui a autora. 

Link para reportagem do The Guardian: http://bit.ly/theguardiansoftdrinks 

Artigo: Artificially Sweetened Beverages and the Response to the Global Obesity Crisis

Autores: Maria Carolina Borges, Maria Laura Louzada, Thiago Hérick de Sá, Anthony A. Laverty, Diana C. Parra, Josefa Maria Fellegger Garzillo, Carlos Augusto Monteiro, Christopher Millett

Publicado em edição de 3 de janeiro de 2017 do periódico científico PLoS Medicine:

 http://journals.plos.org/plosmedicine/article?id=10.1371/journal.pmed.1002195

 




Fonte: Assessoria de Imprensa





Voltar

Veja Também


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas