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Sala de Imprensa

22/11/2016

Defesa de dissertação: Prevalência de Transtornos Relacionados ao Uso de Álcool e Fatores associados entre Adultos da Zona Rural de uma cidade de médio porte do Sul do Brasil: estudo de base populacional

 Título: Prevalência de Transtornos Relacionados ao Uso de Álcool e Fatores associados entre Adultos da Zona Rural de uma cidade de médio porte do Sul do Brasil: estudo de base populacional

 Orientador: Mariângela Silveira

 Banca: Beatriz Tavares e Fernando Wehrmeister

 Local: Auditório Prédio B

 Data: 28/11/2016

 Hora: 8:30hs 

Apresentador: Gustavo Pêgas Jaeger

 

 Pesquisa da UFPel avalia consumo de álcool na população rural de Pelotas

 

     Um em cada doze moradores da zona rural de Pelotas consome bebidas de álcool em quantidades que representam risco para a saúde. É o que mostra estudo inédito da Universidade Federal de Pelotas, que investigou o consumo de bebidas alcoólicas entre pessoas de 18 anos de idade ou mais nos oito distritos da zona rural do município.

    “São raros os estudos sobre o consumo de bebidas alcoólicas exclusivamente em populações rurais. O consumo exagerado, de risco, está ligado a doenças como cirrose, pancreatite e câncer. Nossa pesquisa investiga o hábito pela primeira vez na zona rural de Pelotas, preenchendo essa lacuna e atendendo à sugestão de lideranças comunitárias da região”, afirma o médico psiquiatra Gustavo Pêgas Jaeger, autor do trabalho de dissertação sobre o tema, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel, sob orientação da professora Mariângela Freitas da Silveira.

        A coleta dos dados integrou o inquérito da Pesquisa sobre a Saúde da População Rural de Pelotas, realizada pelo curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel. Entre janeiro e junho de 2016, o estudo entrevistou 1519 moradores da zona rural na faixa etária a partir dos 18 anos. Os participantes responderam a questões sobre a frequência e a quantidade do consumo de bebidas alcoólicas e sobre a preocupação de médico, familiares ou amigos em relação ao hábito do entrevistado. De acordo com as respostas, os participantes somaram de 1 a 40 pontos, com o escore de oito pontos para classificação de consumo de risco de álcool. “Esse escore sinaliza o consumo de bebidas de álcool que começa a gerar danos à saúde de quem bebe: uma agressão pequena ao fígado, uma gastrite, um risco maior de se envolver em acidentes de qualquer tipo, de assumir comportamento violento”, explica Jaeger.

         Os resultados apontam 8,4% de pessoas com consumo de risco de álcool na população rural. A prevalência é maior entre os homens, com proporção de oito homens para cada mulher com consumo de risco. Em relação à idade, quanto mais jovem, maior a propensão ao comportamento. O consumo de risco é mais frequente entre os jovens de 18 a 24 anos do que entre os adultos de 25 a 39 anos – nessas duas faixas etárias, é três vezes maior do que na faixa etária a partir dos 60 anos. Os dados também revelam maiores prevalências entre os que vivem sem companheiro e experimentaram o álcool antes dos 18 anos. Além disso, os índices de consumo de risco foram menores entre os praticantes de religião evangélica.

         “O senso comum propaga que o consumo de bebidas de álcool é alto na zona rural, mas nosso estudo quantifica isso, apresenta dados concretos sobre a questão. Quase uma em cada dez pessoas tem problemas com álcool nessa população, e os dados despertam preocupação com o maior número entre os mais jovens. Os resultados fornecem subsídios para o planejamento de políticas na região, apontando para estratégias de prevenção do início precoce, antes dos 18 anos, e para intervenções dirigidas em especial ao público masculino”, conclui o autor.




Fonte: PPGE





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