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Estudos - Coorte 1982

Os participantes da Coorte de 1982 e suas famílias foram muito importantes para a construção da história da ciência da saúde do Brasil e do mundo. Através da boa-vontade dessas pessoas, a comunidade científica obteve informações sobre os recém-nascidos que até mesmo os órgãos oficiais desconheciam. Um exemplo disso é o número de nascimentos. Em 1982 a Secretaria de Saúde do Município de Pelotas registrou 562 nascimentos a menos do que o total identificado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas (CPE). Os números da mortalidade infantil também apresentaram grande diferença.

O Centro de Pesquisas Epidemiológicas é muito grato pela colaboração de milhares de mães que pouco depois do parto se dispuseram a responder dezenas de perguntas aos pesquisadores, além de permitir que seus bebês recém-nascidos fossem submetidos a exames de medidas e pesagens.

Mais do que a colaboração que deram aos pesquisadores no hospital, essas mães concederam seus endereços e, sem nenhum benefício imediato, abriram suas portas dezenas de vezes, durante décadas, para que os pesquisadores acompanhassem o desenvolvimento de seus filhos.

Todo o tempo despendido pelas mães e pelos próprios participantes, e todo o trabalho que os pesquisadores tiveram para encontrar essas quase seis mil famílias durante três décadas, é hoje recompensado pelo conhecimento científico que está à disposição da população.

Confira alguns dados da Coorte de 1982

Período do nascimento e do primeiro ano de vida.

Nascimentos

  •  5.914 nascidos vivos em hospitais da cidade.

  • 51 % meninos
  • 49 % meninas

Peso ao nascer

  • Das 5.914 crianças, 534 nasceram com baixo peso.
    Crianças com baixo peso ao nascer (menos de 2,5kg) têm maior risco de adoecer e de morrer do que crianças com peso adequado.

Mãe fumante

  • 33% das mães fumaram durante a gravidez.
    Filhos de mães fumantes tem mais chance de nascer com menos de 2,5 kg.

Fumo

  • 33% das mães fumaram durante a gravidez.
    Os bebês nascidos de mãe fumantes apresentaram um índice de baixo peso duas vezes maior do que os bebês nascidos das mães não-fumantes. Sabe-se que o baixo peso ao nascer é uma das principais causas de morte dos recém-nascidos.

Amamentação

  • 70% das crianças não estavam sendo amamentadas aos seis meses de idade.
    A OMS recomenda que todas as crianças sejam amamentadas no mínimo até os seis meses podendo seguir até os dois anos de idade.

Dados sobre a mortalidade

Mortalidade

  • Dos 5.914 participantes, 288 morreram até 2006.
  • 215 óbitos ocorreram no primeiro ano de vida.
  • 73 mortes ocorreram entre dois e 23 anos de idade. Constatou-se que o maior risco de morte ocorre até a criança completar um ano. Por isso, a atenção à saúde nesta fase deve ser reforçada.

Mortalidade infantil

  • A mortalidade infantil foi três vezes maior entre os mais pobres do que entre os mais ricos.

Principais causas de morte

  • Infância: diarréia e doenças respiratórias (pneumonia). A partir dos 14 anos: acidentes e outras causas externas.

Fase adulta ( 2004 - 2005 )

Escolaridade

  • 75% (3.223) concluíram o Ensino Fundamental, desses, 79% (2.554) acabaram o Ensino Médio e 21% (669) ingressaram na universidade.

Trabalho

  • 65% dos jovens estavam inseridos no mercado de trabalho aos 23 anos, sendo a maioria homens.

Salário

  • Entre os ricos: os homens ganham 25% a mais do que as mulheres.
  • Entre os pobres: os homens ganham 36% a mais do que as mulheres.
  • Em todas as classes sociais, os homens ganham salários mais altos do que as mulheres.

Sexualidade

  • A iniciação sexual precoce (antes dos 14 anos) foi mais frequente entre os homens.
  • Jovens com menor escolaridade e com renda mais baixa iniciaram a vida sexual mais cedo.

Filhos

  • Aos 23 anos de idade, 32% dos jovens tinham filhos.
  • 20% foram pais antes dos 20 anos.

Avaliação corporal

  • O excesso de peso é mais frequente em homens de classe social mais alta e em mulheres de classe social mais baixa.

Fumo

  • Em média, os jovens começaram a fumar aos 15 anos.
  • Aos 23 anos, 28% dos homens e 24% das mulheres eram fumantes.

Herança do fumo

  • Filhos de mães fumantes têm mais chance de serem também dependentes do fumo.
  • Dos jovens cujas mães não eram fumantes, 25% dos homens e 20% das mulheres tornaram-se fumantes.
  • Dos jovens cujas mães eram fumantes, 34% dos homens e 34% das mulheres tornaram-se fumantes.

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Dúvidas

Se você tiver dúvida sobre qualquer etapa do estudo, entre em contato conosco. Teremos imenso prazer em atendê-lo.

Nome: Deise Veleda Modesto

Fone: (53) 3284-1300 | Ramais 362

Email: coorte1982@gmail.com


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Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas