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Teses e Dissertações


2017


Aluno:Carolina de Vargas Nunes Coll

Título: Prática de atividade física na gestação: barreiras, tendências e efeitos sobre os sintomas depressivos no período pós-parto

E-mail:carolinavncoll@gmail.com

Área de concentração:

Orientador:Andréa Dâmaso

Banca examinadora:Alícia Matijasevich, Daniel Umpierre e Iná Santos

Data defesa:13/02/2017

Palavras-chave:

As diretrizes atuais recomendam que mulheres grávidas pratiquem atividade física de intensidade moderada com duração de 30 minutos, na maior parte, se não todos os dias da semana, visando inúmeros benefícios para a saúde materna e infantil. Entretanto, o período gestacional tem sido identificado como contribuinte para o declínio da prática de atividade física entre as mulheres em idade reprodutiva e a literatura tem demonstrado que a inatividade física é frequente entre gestantes. Embora o acúmulo de evidências que suportam os benefícios da prática de atividade física durante a gestação seja crescente, seu efeito sobre alguns desfechos de saúde ainda necessita de uma compreensão mais ampla. Essa tese teve como objetivo identificar as barreiras percebidas à prática de atividade física no período gestacional; avaliar a variação temporal na prevalência de atividade física na gestação no tempo de lazer no período de 2004-2015 e, avaliar os efeitos de uma intervenção com exercício físico na gestação sobre a incidência de sintomas depressivos no período pós-parto. No primeiro artigo avaliou-se as barreiras percebidas à prática de atividade física no período gestacional por meio de uma revisão sistemática da literatura quantitativa e qualitativa acerca do tema. As barreiras mais reportadas pelas mulheres foram os sintomas e limitações do período gestacional. Além disso, a incerteza quanto aos riscos da prática de atividade física na gestação, a falta de recomendação médica e de suporte social foram frequentemente mencionadas. No segundo artigo, avaliou-se as tendências temporais da prática de atividade física na gestação nos últimos onze anos comparando-se dados das Coortes de Nascimento de 2004 e 2015 da cidade de Pelotas-RS, Brasil. Os resultados desse artigo mostram que a prática de atividade física na gestação declinou ao longo do período estudado. No terceiro artigo avaliou-se os efeitos de uma intervenção com exercício físico na gestação (PAMELA Trial) sobre a incidência de sintomas depressivos no período pós parto. Esse estudo foi conduzido de maneira aninhada à Coorte de Nascimentos de 2015. Os resultados do estudo mostraram que a incidência de sintomas depressivos no período pós-parto (≥ 12 pontos no teste de Edimburgo) foi significativamente menor entre as participantes do grupo intervenção quando comparadas ao grupo controle (que não praticou atividade física).

Palavras-chave: Atividade física, Exercício, Gravidez, Barreiras, Monitoramento, Depressão pós-parto, Epidemiologia.


ABSTRACT

Current guidelines recommends that pregnant women should engage in moderate-intensity physical activity for at least 30 minutes on the majority of the days of the week to obtain mother-child health-related benefits. However, the gestational period has been associated to declines in physical activity levels among women of reproductive age and the literature has shown that inactivity is very common during pregnancy. Although the benefits of regular physical activity during pregnancy are being increasingly documented in the literature, the effects of physical activity during pregnancy on some health outcomes requires a broader understand. This PhD thesis aimed to summarize the perceived barriers to physical activity practice during pregnancy; evaluate time changes in leisure-time physical activity during pregnancy in the period from 2004 to 2015 and, to evaluate the effects of an exercise intervention during pregnancy on the incidence of postpartum depressive symptoms. In the first article perceived barriers to leisure-time physical activity during pregnancy were identified by performing a literature review of quantitative and qualitative evidence. Pregnancy-related symptoms and limitations barriers were the most reported in the studies. Mother-child safety concerns, lack of advice and, lack of social support were also important emphasized pregnancy-related barriers. In the second article, we evaluated time changes in leisure-time physical activity during pregnancy in an 11-year period by comparing data from the 2004 and 2015 Pelotas birth cohort studies. Findings showed that the prevalence of physical activity during pregnancy declined over time. In the third article, the effects of an exercise intervention during pregnancy on postpartum depressive symptoms were evaluated by conducting a randomized control trial nested to the 2015 Pelotas Birth Cohort Study (PAMELA Trial). Findings showed that the incidence of probable major depression was lower among pregnant women from the intervention group when compared to the control group (no exercise intervention).

Key words: Physical activity, exercise, pregnancy, barriers, surveillance, postpartum depression, epidemiology.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas