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Teses e Dissertações


2014


Aluno:Simone Farías Antúnez Reis

Título: Fragilidade em idosos em uma cidade do Sul do Brasil

E-mail:simonefarias86@yahoo.com.br

Área de concentração:Epidemiologia

Orientador:Anaclaudia Gastal Fassa

Banca examinadora:Elaine Tomasi e Elaine Thumé

Data defesa:20/11/2014

Palavras-chave:Saúde do idoso, Epidemiologia, Fragilidade

Para o ano de 2050, estima-se que existam cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos ou mais no mundo, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento (5). O Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos nos próximos 10 a 15 anos (8). O município de Pelotas possui mais de 46 mil idosos, o que representa cerca de 14% de sua população total (44). O envelhecimento fisiológico torna o idoso mais vulnerável ao desencadeamento de doenças que podem afetar a funcionalidade, levando a perda da autonomia (5).
A PNSPI tem como meta a manutenção da independência e capacidade funcional do idoso pelo maior tempo possível, priorizando a atenção à saúde do idoso frágil (45). A perda de autonomia do idoso compromete sobremaneira a qualidade de vida e gera uma sobrecarrega para as famílias e para as redes de apoio social. Muitas vezes a família e a rede social não conseguem atender as necessidades destes idosos e precisam recorrer à institucionalização. A transferência de um idoso de sua casa para uma instituição tem potencial para produzir danos como depressão, confusão, perda do contato com a realidade e um senso de isolamento e separação da sociedade, agravando o estado de fragilidade (46).
Além disso, a incapacidade funcional aumenta o risco de hospitalização gerando custos para o serviço de saúde, que poderiam ser prevenidos com a identificação e reabilitação precoce destes idosos (5, 21).
A PNSPI recomenda a avaliação de fragilidade dos idosos como uma estratégia para identificar precocemente a incapacidade e o declínio funcional (45). Apesar da importância de um diagnóstico precoce, sabe-se pouco sobre a fragilidade e são poucos os estudos que avaliam a sua prevalência na população brasileira. Estes estudos apresentam limitações metodológicas, como a falta de ajuste para fatores de confusão.
Este estudo vai contribuir para a descrição mais detalhada da prevalência de fragilidade e sua associação com variáveis independentes. Além disto, será possível obter um maior entendimento da severidade da fragilidade (leve, moderada, severa) e do papel dos domínios na composição do seu diagnóstico. Os achados podem servir de base para o planejamento e implementação de políticas de saúde para os idosos, que visem ações preventivas e de reabilitação de indivíduos com fragilidade,
possibilitando a adoção de medidas de intervenção específicas nos diferentes domínios.


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas