Aluno:Giovanny Vinícius Araújo de França
Título: Compulsão Alimentar em Adultos: Um Estudo Epidemiológico de Base Populacional em Pelotas-RS
Área de concentração:Epidemiologia
Orientador:Denise Petrucci Gigante
Banca examinadora:Cora Luiza Pavin Araújo-UFPel; Maria Angélica Antunes Nunes-UFRGS
Data defesa:05/11/2010
Palavras-chave:Nutrição; Epidemiologia; Transtornos alimentares
A cada dia é mais comum encontrar matérias em jornais, revistas e mesmo na internet abordando questões de saúde e nutrição. Uma delas é o “ataque de fome”, denominado pela comunidade científica como “episódio de compulsão alimentar”, que são sintomas de transtornos alimentares graves como a Bulimia Nervosa. Para que se caracterize um episódio de compulsão alimentar, é preciso que sejam cumpridas duas condições: que a pessoa coma, num curto período de tempo, uma quantidade de comida que a maioria das pessoas consideraria grande demais; e que sinta que perdeu o controle sobre o que ou quanto comeu. Entre os meses de janeiro e julho de 2010, os mestrandos do Programa de Pós- Graduação em Epidemiologia da UFPel realizaram um estudo sobre a saúde dos residentes na cidade de Pelotas. Os participantes responderam a um questionário, foram pesados e medidos por entrevistadores devidamente treinados. A compulsão alimentar foi o tema de estudo do nutricionista Giovanny Araújo França. Encontrou-se que 8% dos adultos de 20 a 59 anos tiveram pelo menos um episódio de compulsão alimentar nos três meses anteriores à entrevista, sendo mais comum entre mulheres, jovens, obesos, pessoas que relataram pior estado de saúde e desejo de pesar menos. As pessoas com compulsão alimentar, em sua maioria, dizem que durante o “ataque de fome” comem mais rápido do que de costume, mesmo sem sentir fome e até se sentirem mal de tão “cheias”. Esses resultados indicam que é importante estar atento à compulsão alimentar, considerando que é frequente e está relacionada com a obesidade e a insatisfação dos indivíduos com o seu próprio corpo. Os episódios, ou “ataques de fome”, devem ser informados aos profissionais de saúde, para que possam ser identificados mais precocemente os transtornos alimentares, facilitando o seu tratamento.