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Sala de Imprensa

28/01/2020

Defesa de tese: Depressão materna: Impacto sobre a hospitalização em crianças de até dois anos de idade e mortalidade em crianças menores de um ano, na Coorte de 2015 de Pelotas

Apresentador: Nadège Jacques

Orientador: Mariangela Freitas da Silveira

Banca: Bernardo Horta, Andréa Dâmaso e Patricia Manzolli

 

 

 Mais de 23% das mães participantes da Coorte de Nascimento de Pelotas 2015 tiveram sintomas de depressão persistente do pré-natal até o segundo ano de vida das crianças, aponta estudo

 

 

Cerca de 1 em cada 3 gestantes e 1 em cada 3 mães no pós-parto tardio (1 a 2 anos após o parto) apresentaram sintomas de depressão. Uma em cada 5 mães apresentaram sintomas de depressão aos 3 meses pós-parto. A depressão materna parece ser fator um risco para a saúde dos filhos. Foi observada uma tendência de aumento do risco da criança ser hospitalizada de acordo com a severidade dos sintomas de depressão na mãe.

As conclusões são parte da tese de doutorado de Nadège Jacques, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, sob orientação da professora Mariângela Freitas da Silveira. O trabalho avaliou o impacto da depressão materna pré-natal e pós-natal sobre a hospitalização das crianças de até 2 anos de idade e a mortalidade em crianças menores de um ano, com base em dados da Coorte de Nascimento de Pelotas, 2015.

A depressão é um transtorno mental considerado como um problema de saúde pública que não deve ser negligenciado. Segundo a OMS a doença atinge 4,4% da população mundial, sendo a principal causa de incapacidade em todo o mundo, contribuindo de forma muito importante para a carga global de doenças. Na América Latina, a segunda maior prevalência de depressão ocorre no Brasil, correspondendo a 5,8% da população, ou seja, 11,5 milhões de pessoas.

As gestantes, lactantes e mães de crianças pequenas são muito vulneráveis devido a mudanças nos aspectos psicológico, social e fisiológico que acontecem neste período.

Ocorreram prevalências altas de sintomas de depressão em mulheres nos períodos pré-natal, e aos 3, 12 e 24 meses após o parto. O estudo na coorte de 2015, mostrou que 23,4% das mães apresentaram sintomas persistentes de depressão ao longo do período pré-natal até os 2 anos de idade das crianças. Essas mães foram divididas em três grupos de acordo com o escore de sintomas de depressão, sendo que 9,8% delas tiveram risco aumentado de permanecer com sintomas de depressão do nível leve ao nível clinico e 3.9% tinham sintomas crônicos severos de depressão ao longo do período pré-natal até os 2 anos de idade da criança.




Fonte: PPGEpi





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Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas