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Sala de Imprensa

11/03/2019

Defesa de dissertação: Vitimização por violência urbana em universitários

 Título: Vitimização por violência urbana em universitários

 

Orientador: Tiago Munhoz

Banca: Helen Gonçalves e Luciano Mattos

Local: Auditório A

Data: 11/03/2019

Hora: 10h

Apresentador: Priscila Lautenschlager

 

Estudo avalia a violência urbana sofrida por ingressantes da UFPel

 

Aproximadamente um em cada dez estudantes que ingressaram na Universidade Federal de Pelotas no primeiro semestre de 2017 foi vítima de violência urbana nos últimos 12 meses. Estas informações foram coletadas pelo estudo “Vitimização por violência urbana em universitários” desenvolvido pela mestranda Priscila Lautenschläger, sob orientação do professor Tiago Neuenfeld Munhoz, com o objetivo de avaliar a prevalência e os principais fatores associados à vitimização por violência urbana nos estudantes ingressantes dos cursos de graduação da UFPel. O estudo fez parte do consórcio de pesquisa Saúde do Estudante Universitário (SEU) do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFPel (PPGE). Para a pesquisa foram entrevistados cerca de 1,8 mil estudantes entre novembro de 2017 e julho de 2018.

Do total de estudantes que responderam ter sofrido violência, quase a metade apontou ter sofrido mais de um episódio nos últimos 12 meses. Considerando o episódio mais grave, o principal meio empregado na violência foi arma de fogo (37,8%); em 76,9% dos casos o perpetrador foi bandido, ladrão ou assaltante e a grande maioria (85,3%) ocorreu em via pública.

Os pesquisadores também avaliaram o perfil dos estudantes que sofreram pelo menos um episódio de violência urbana de acordo com características sociodemográficas e comportamentais. Os resultados apontaram que sexo, cor da pele, orientação sexual e uso de drogas estiveram associados a ser vítima de violência urbana. A prevalência de vitimização foi quase o dobro em estudantes do sexo masculino. Em relação à cor da pele, os alunos que autodeclararam cor da pele preta, parda ou outra tiveram um frequência 47% maior de ter sido vítimas do que os autodeclarados brancos. Indivíduos que não eram heterossexuais foram mais vitimados, chegando, como no caso dos autodeclarados bissexuais, a ter mais do que o dobro da frequência de vitimização. A ocorrência de violência urbana também foi maior entre os alunos que disseram ter feito uso de drogas ilícitas pelo menos uma vez na vida.

Os resultados apontados fornecem características importantes a respeito da violência sofrida por alunos no começo da graduação e possibilitam investigar aspectos que eventualmente irão impactar na continuidade e na qualidade de vida do estudante na instituição. Os achados deste estudo podem contribuir para a criação de políticas públicas de prevenção e combate à violência urbana.

 




Fonte: PPGE





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