Título: Jetlag social é semelhante ao jetlag transmeridional? Resultados de um estudo de validação com estudantes universitários de uma universidade do sul do Brasil.
Banca: Thaise Mondin e Fernando Wehrmeister
Orientador: Luciana Tovo
Local: Sala 304
Data: 27/02/2019
Hora: 14h
Apresentador: Patrice Tavares
Jetlag social na Universidade
O Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, realizou de novembro de 2017 a julho de 2018 a pesquisa intitulada "Saúde do Estudante Universitário da Universidade Federal de Pelotas – SEU- UFPel". Foram entrevistados 1.865 alunos com 18 anos ou mais que ingressaram na Universidade Federal de Pelotas no primeiro semestre de 2017. O jetlag social foi um dos assuntos abordados pela pesquisa. O tema foi estudado pela mestranda Patrice de Souza Tavares sob orientação da Profa. Dra. Luciana Tovo Rodrigues e coorientação da Doutoranda Ms. Marina Xavier Carpena.
Mas existe outra sensação parecida – e ela pode estar presente sem que seja necessário viajar de avião: o jetlag social. Esse fenômeno reflete o desalinhamento entre o relógio biológico (ou seja, o relógio que regula nosso corpo) e o relógio social (compromissos sociais, como aula, trabalho e tarefas). Ele ocorre quando os horários de dormir e acordar nos dias de semana e nos finais de semana são muito diferentes.
Mas afinal jetlag social é realmente parecido com jetlag transmeridional? É exatamente aqui que o nosso estudo entra. Ao lermos a literatura sobre o tema, frequentemente nos deparamos com essa analogia e sempre nos questionamos se ela é válida ou não. Nesse sentido, o objetivo do nosso estudo foi avaliar a validade do conceito de jetlag social frente aos sintomas de jetlag transmeridional em um grupo de universitários da UFPel, bem como tentar encontrar um determinado valor em horas ou minutos (ponto de corte) que indicasse a presença ou ausência de jetlag social.
Infelizmente não conseguimos encontrar pontos de corte que consigam identificar o jetlag social de maneira adequada. Entretanto, descobrimos algumas coisas interessantes como:
· 63,72% dos estudantes apresentavam 2h ou mais de jetlag social, ou seja, tinham uma discrepância entre o relógio biológico e o social de no mínimo 2h;
· 36,06% dos estudantes relataram apresentar dificuldade de concentração;
· 36,73% dos estudantes relataram apresentar sonolência durante o dia;
- Uma a cada três pessoas relataram sentir-se cansados durantes as aulas
Fonte: PPGE