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Sala de Imprensa

25/02/2019

Defesa de Tese: Consumo de alimentos ultraprocessados e gordura corporal da infância ao início da adolescência: Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004

Título: Consumo de alimentos ultraprocessados e gordura corporal da infância ao início da adolescência: COORTES de Nascimentos de Pelotas de 2004

Banca: Carlos Augusto Monteiro, Juliana Vaz e Fernando Wehrmeister

Orientador: Iná Santos

Local: Auditório B

Data: 25/02/2019

Hora: 9h

Apresentador: Caroline Costa

Grau de processamento alimentar afeta a gordura corporal

Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas mostra que o consumo de alimentos ultraprocessados dos 6 aos 11 anos de idade aumentou o acúmulo de gordura corporal entre os participantes da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004 no mesmo período. A cada 100 gramas de consumo destes produtos houve um aumento médio de 14 g/m² no Índice de Massa Gorda, uma medida da quantidade de gordura do corpo que leva em conta a altura do indivíduo. Além disso, os autores observaram, a partir de análises estatísticas, que a quantidade de calorias desses produtos não era a única causa do aumento da gordura corporal, sugerindo que outros fatores, como os aditivos contidos nesses produtos, estejam envolvidos no acúmulo de gordura.

Os alimentos ultraprocessados são formulações industriais, que contam com a adição de vários ingredientes para prolongar sua validade e melhorar o sabor, como corantes, aromatizantes e conservantes. São produtos prontos para consumir (muitas vezes necessitam somente serem aquecidos), o que os torna acessíveis e convenientes. A maioria contem pouco ou nenhum alimento de verdade, tem muito baixa qualidade nutricional e leva a menor saciedade. A identificação desses produtos se dá pela lista de ingredientes no rótulo, os quais, em sua maioria, são irreconhecíveis pelo consumidor.

Os resultados da pesquisa fazem parte da tese de doutorado da Nutricionista Caroline Costa, orientada pelas professoras Iná Santos e Maria Cecília Formoso Assunção. Para chegar nestes resultados, a autora utilizou a classificação NOVA, que divide os alimentos em quatro grupos, com base na extensão e no propósito do processamento industrial: alimentos in natura ou minimamente processados (como frutas, vegetais, leite e feijão), ingredientes culinários processados (como açúcar e óleo), alimentos processados (como pães caseiros, queijos e alimentos em conserva) e alimentos ultraprocessados (como refrigerantes, biscoitos em geral e sucos artificiais).

“A prevenção precoce do consumo de ultraprocessados é muito importante, pois hábitos adquiridos na infância tendem a permanecer ao longo da vida”, relata a autora. A conscientização da população quanto aos malefícios do consumo desses produtos é de extrema importância, assim como a existência de políticas públicas voltadas à diminuição da disponibilidade, compra e do consumo desses alimentos. A adoção de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados é essencial para o controle da epidemia de obesidade e das doenças crônicas a ela relacionadas.

 

 

 




Fonte: PPGE





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