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Sala de Imprensa

18/01/2019

Defesa de tese: Atividade física mensurada por acelerometria em crianças de 12 meses: aspectos metodológicos e fatores associados

Banca: Marlos Rodrigues, Renata Bielemann e Ana menezes

Orientador: Fernando Wehrmeister

Data: 22/01/2019

Local: Auditório Prédio B

Hora:09:00hs 
Apresentador: Luiza Isnardi Cardoso Ricardo

 

Atividade física em crianças de 1 ano

Os benefícios da prática de atividades físicas e exercícios para a saúde já são conhecidos e amplamente divulgados na mídia. Apesar disso, grande parcela da população não atinge recomendações de atividade física da OMS. Nas crianças, apesar de parecerem ativas o suficiente, brincadeiras e esportes que envolvem atividades físicas estão dando lugar aos tablets e celulares, voltando a atenção de pesquisadores para os níveis de inatividade física também nesta faixa etária.

Na infância muitos hábitos são adquiridos e mantidos durante o ciclo vital. Por isso, é importante compreender a prática de atividade física desde cedo, a fim de determinar quais fatores podem influenciar este comportamento, e assim tentar reverter o atual quadro de saúde pública. É neste contexto que os padrões, níveis e fatores associados à atividade física em crianças de 1 ano pertencentes à Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015 foram o tema de tese de doutorado da professora de Educação Física Luiza Ricardo, realizada no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, sob orientação do professor Dr. Fernando César Wehrmeister. Para avaliação deste comportamento foi utilizado um acelerômetro, um aparelho que mede a quantidade de atividade física praticada pelas crianças.

Os resultados da tese demonstraram que meninos, crianças com mães que fizeram atividade física durante a gestação, crianças com melhor desenvolvimento motor, e crianças cujo pai praticava mais atividade física apresentaram maior movimentação durante a semana. Sendo assim, o estudo mostra que a atividade física dos pais é importante para gerar um ambiente saudável para a criança. Além disso, atividade física e desenvolvimento motor caminham juntos, tendo influência mútua um sobre o outro. O estudo também mostrou que as meninas aparentam ser menos estimuladas ao movimento do que os meninos, mesmo enquanto crianças.

Além destes achados, os pesquisadores também identificaram importantes melhorias nos métodos de pesquisa com atividade física utilizando o acelerômetro em crianças pequenas, utilizando como amostra de 90 crianças de 9 a 15 meses. A pesquisa identificou que utilizar o acelerômetro no punho proporciona mais conforto para o bebê, sendo o local de uso preferido do aparelho segundo entrevistas realizadas com as mães. Identificou-se que dois dias de mensuração com o aparelho são suficientes para representar a atividade física semanal das crianças. Por fim, foi realizado um levantamento da literatura sobre aspectos metodológicos deste tipo de pesquisa. Os resultados apresentados nesta tese servirão para pais e instituições de ensino conscientizarem-se sobre a importância de permitir que as crianças se movimentem a partir de brincadeiras e esportes, a fim de obterem uma infância mais saudável e com efeitos positivos ao longo da vida.




Fonte: PPGE





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