Facebook

Sala de Imprensa

03/07/2017

ICEH se torna Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde

O Centro Internacional de Equidade em Saúde (ICEH), da Universidade Federal de Pelotas, tornou-se Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) na área de equidade, segunda carta de designação emitida pelas agências internacionais.

Os professores Cesar Victora e Aluisio Barros assumem a direção do centro, que tem equipe interdisciplinar formada por vinte profissionais.

A designação reconhece o histórico de colaboração do ICEH com a OMS na área de monitoramento das desigualdades em saúde e estabelece um plano de trabalho em conjunto para os próximos quatro anos, com possibilidade de renovação ao término do prazo.

Entre as principais ações de cooperação técnico-científica, destacam-se a assessoria especializada para o monitoramento de indicadores de desigualdades em saúde em 81 países e o apoio à capacitação operacional de países da América Latina, Caribe e África lusófona para seleção e análise de dados com foco nas desigualdades em saúde.

O trabalho se insere na agenda do consórcio internacional, liderado pela OMS, para atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas, até 2030. A iniciativa recebe o nome de Countdown to 2030 (Contagem Regressiva para 2030) e reúne governos, agências internacionais de saúde, organizações não-governamentais e instituições científicas comprometidas em promover e monitorar  intervenções custo-efetivas para prevenir mortes evitáveis de mulheres, crianças e recém-nascidos, “sem deixar ninguém para trás”. Essa expressão traduz a ênfase na equidade - garantir que essas intervenções estejam alcançando todos os grupos, especialmente os mais vulneráveis, independente de etnia, sexo, localização geográfica, classe econômica.

O grupo de pesquisadores do ICEH é responsável por fornecer todas as análises de equidade para a OMS. São aproximadamente 60 indicadores relacionados ao cuidado integral e contínuo de saúde materno-infantil, que incluem acesso ao uso de anticoncepcional, orientação sobre planejamento familiar, atendimento especializado durante o pré-natal, tipo de parto (cesárea ou parto normal), disponibilidade de assistência especializada ao parto, cobertura de vacinação, acesso a tratamento com antibióticos para infecções, suplementação com vitaminas, estado nutricional de mães e crianças, acesso à água tratada e a saneamento básico, índices de mortalidade de mortalidade de mães, crianças e recém-nascidos.

Os pesquisadores do ICEH trabalham com um banco de dados de aproximadamente sete milhões de crianças e três milhões de mães – com informações provenientes de inquéritos populacionais em mais de 80 países. A avaliação dos dados inclui a análises desagregadas por sexo, idade, renda, escolaridade, gênero e outros aspectos ligados à garantia de direitos humanos, em todas as populações e localidades, com o objetivo de identificar grupos marginalizados e promover atenção àqueles que não estão sendo alcançados pelos programas de saúde.

De acordo com Oscar Mujica, da Organização Pan-Americana de Saúde, “o trabalho do ICEH está em perfeita sintonia com a linha de prioridades da OMS em nível mundial e, por isso, a unidade está recebendo o título de Centro Colaborador”.

Em cooperação prévia com a OMS, o ICEH ajudou a fundar a Contagem Regressiva para 2015, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que estavam em vigor à época, na área de saúde materno-infantil. No mundo, a iniciativa reduziu em 50% as mortes de mães e crianças entre 2000 e 2015. Agora, os objetivos de renovam e ampliam, na Contagem Regressiva para 2030.




Fonte: Assessoria de Imprensa





Voltar

Veja Também


Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia - Centro de Pesquisas Epidemiológicas