Título: Acesso e qualidade no atendimento de puericultura nas regiões Nordeste e Sul do Brasil
Banca: Anaclaudia Fassa, Helen Gonçalves e Juraci Cesar
Orientador: Elaine Tomasi
Data:03/07/2017
LocaL: Prédio B
Hora:9h
Apresentador: Andréia Soprani dos Santos
A doutoranda Andréia Soprani dos Santos sob a orientação da profª Drª Elaine Tomasi, do Programa de Pós Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), realizou um estudo, de base populacional, com 7.915 crianças entre um a quatro anos, sobre acesso e qualidade da assistência nos serviços de puericultura nas regiões Nordeste e Sul do Brasil.
Considerou-se o acompanhamento incompleto da puericultura a ausência em pelo menos um dos sete atendimentos preconizados pelo Ministério da Saúde no primeiro ano de vida da criança, para o estudo de falta de acesso. E para a qualidade do atendimento considerou-se a realização de todos os procedimentos e orientações recomendados na consulta de puericultura, tais como: peso, estatura, vacinação, teste do pezinho, avaliação do umbigo, orientação sobre amamentação e introdução de novos alimentos.
Os resultados da pesquisa apontaram que a prevalência do acompanhamento incompleto da puericultura foi maior na região Nordeste quando comparada à região Sul, sendo influenciados pelo tamanho do município, pela classificação econômica das famílias e pela utilização dos serviços de saúde. As crianças no Nordeste estariam mais sujeitas a não seguir o acompanhamento completo de puericultura, sugerindo que o usuário não comparece ou encontra dificuldades nos acesso aos serviços de saúde.
Para o estudo de qualidade do atendimento, os resultados apontaram reduzida orientação ao aleitamento materno no atendimento da 1ª semana e a prevalência da alta qualidade da puericultura esteve em aproximadamente metade dos atendimentos. Embora o acesso aos serviços de puericultura tenha sido pior na região Nordeste, a qualidade do atendimento, por sua vez, se mostrou melhor nessa mesma região, influenciada pelos municípios de menor porte populacional e entre aqueles com 50 e 99 mil habitantes, o que pode ser explicado pela consolidação da Estratégia de Saúde da Família nessa região.
Ressalta-se a necessidade de garantir a toda população infantil o acesso aos serviços de puericultura, no intuito de acompanhar o seu crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor de forma qualificada, na perspectiva de promover a saúde e prevenir doenças para essa população.
Fonte: PPGE
