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Sala de Imprensa

28/03/2017

Defesa de tese: Acidentes de trabalho e hipertensão arterial sistêmica em fumicultores de São Lourenço do Sul, RS

Título: Acidentes de trabalho e hipertensão arterial sistêmica em fumicultores de São Lourenço do Sul, RS

Banca: Jandira Maciel da Silva, Elaine Tomasi e Luiz Augusto Facchini.

Orientador: Anaclaudia Fassa.

Data: 31/03/2017

Hora: 9h

Local: Auditório Prédio B
Apresentador: Adriana Zago

 

 

Acidentes de Trabalho e Hipertensão Arterial em Fumicultores

 

            A prevalência de acidentes de trabalho e de hipertensão arterial sistêmica foi avaliada entre os fumicultores expostos aos agrotóxicos em São Lourenço do Sul. É o que mostra a tese de doutorado, desenvolvida pela médica Adriana Marchon Zago Cypreste, no âmbito do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, sob orientação da professora Anaclaudia Gastal Fassa e co-orientação de professor Rodrigo Dalke Meucci.

 

Um em cada quatro fumicultores, maiores de 18 anos, que aplicaram agrotóxicos no ano anterior a entrevista, sofreram acidente de trabalho na vida. Dentre os acidentes que a pessoa considerou o mais grave, 26% resultaram em fraturas. Em relação as sequelas, 12% dos acidentados apresentaram perda de movimento de algum membro, 7,6% sofreram amputação e 3,8% tiveram perda de visão. Estes dados indicam que acidente de trabalho é não só um problema frequente mas também limitante para o trabalhador.

 

A prevalência de hipertensão arterial foi de 18%, semelhante a outros estudos. Mas o que chama atenção é que indivíduos, abaixo dos 40 anos, com maior exposição à agrotóxicos tiveram maior risco de desenvolver hipertensão. Isto indica que a exposição ocupacional aos agrotóxicos pode estar contribuindo para o desenvolvimento precoce da HAS no meio rural.  

 

A fumicultura no Brasil está inserida no contexto da agricultura familiar, é essencialmente manual e  envolve grande exposição à agrotóxicos. Investir em tecnologia para mecanização das culturas e redução do uso de agrotóxicos, bem como na educação sobre riscos de acidentes e sobre o uso apropriado de equipamentos de proteção individual podem contribuir para melhorar a saúde dos fumicultores.




Fonte: PPGE





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